Rival da B3: Paes diz que mandou PL para criação de Bolsa de Valores do RJ

O que diz o Projeto de Lei

De olho na arrecadação. Conforme as imagens do Projeto divulgadas por Eduardo Paes, a Bolsa de Valores do Rio pode ajudar o estado a arrecadar mais dinheiro em impostos. No texto, há a informação de que entre 2021 e 2023, o setor financeiro foi o quarto maior pagador de impostos da cidade.

Além disso, segundo o PL, a Bolsa também faria com que novos setores de serviços como bancos fossem abertos na cidade, aquecendo ainda mais a economia local.

O Projeto de Lei também propõem a criação de uma alíquota de 2% do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza que "incidente sobre as atividades a serem desempenhadas por uma bolsa de valores"

Não é novidade

Anúncio antecipado para empresários. No início de maio, Eduardo Paes já tinha anunciado a Bolsa de Valores do Rio para políticos e empresários durante encontro do Grupo Lide sobre o Plano Diretor.

O retorno da Bolsa, segundo Paes, acontecerá em 2025, o que deveria ser comemorado por aqueles que defendem o "livre mercado". Contudo, não é só o prefeito do Rio que quer criar uma concorrente para a B3.

A registradora CSD BR espera receber licenças para operar como depositária de ativos e agente de liquidação de operações. A informação foi publicada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

As licenças precisam ser liberadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central (BC).

Além do posicionamento estratégico, a instalação de uma nova bolsa de valores no Município do Rio de Janeiro pode aumentar significativamente a arrecadação municipal.
Projeto de Lei divulgado pelo prefeito Eduardo Paes

A Bolsa de Valores do Rio

A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) foi uma das mais antigas do Brasil, tendo sido inaugurada em 1820.

Durante muitos anos ela competiu com outras Bolsas regionais até encerrar oficialmente suas atividades em novembro de 2002.

São Paulo centraliza as operações. No período, já havia uma centralização das operações do país na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que posteriormente se transformou na B3, a principal bolsa de valores do Brasil e que concentra a maior parte das negociações de ações, derivativos e outros instrumentos financeiros.