Brasil cria 188 mil postos de trabalho com carteira assinada em julho

Depois de fechar o primeiro semestre com mais de 1,3 milhão de novas contratações formais, o Brasil abriu 188.021 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado), do Ministério do Trabalho e Emprego.

O que diz o Caged

Contratações superam as demissões pelo sétimo mês seguido. Em julho, o resultado contou com 2,18 milhões de admissões e 1,99 milhões de desligamentos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, foram criadas 142 mil vagas formais de trabalho.

Criação de vagas em 2024 já supera o número de todo o ano passado. O Brasil fecha os primeiros oito meses do ano com 1,492 milhão. O desempenho já superior às 1,458 milhão de vagas abertas nos 12 meses de 2023.

Estoque nacional soma 17 milhões de vínculos celetistas ativos. O total, referente ao encerramento do primeiro semestre de 2024, representa uma variação positiva de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor também é o maior da série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020.

Ministro do Trabalho antecipou que dado seria positivo. Na última segunda-feira, Luiz Marinho revelou, durante evento no Rio de Janeiro, que os númerod do mercado formal viriam "fortes" para o mês de julho.

O Caged vem vindo bem, julho vem bem e a indústria também, e isso é importante porque a indústria tem um emprego que é mais estrutural e melhor pela sua qualidade e remuneração. Isso ajuda bastante o processo de desenvolvimento da economia.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego

Salário médio de contratação subiu 2,19% na comparação anual. Com a evolução, o valor alcançou R$ 2.161,37. Para mulheres o valor ficou em R$ 2.033,44 e para homens R$ 2.252,55. A remuneração do momento da demissão, por sua vez, subiu de R$ 2.202,12 para R$ 2.232,45 em relação a julho de 2023.

Rio Grande do Sul volta a gerar vagas formais após tragédia. Depois de dois meses de saldos negativos devido ao impacto das chuvas, o estado contratou 6.690 novos profissionais com carteira assinada em julho. Marinho avalia que o dado é "resultado dos investimentos realizados com esforço do governo federal" na região.

Eu achava que isso ia acontecer na passagem deste ano para o ano que vem. É uma surpresa.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego

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Setores

Todos os setores contrataram em julho. O destaque fica novamente por conta do setor de serviços, que gerou 79.167 postos no mês. Na sequência, aparecem a indústria (49.471 postos), o comércio (33.003 vagas), a construção (19.694 cargos) e agropecuária (6.688 colocações).

Saldo também é positivo no acumulado do ano. No intervalo, o setor com maior geração de empregos também foi o de Serviços, com 798.091 novos postos formais. A indústria teve a geração de 292.165 postos. A Construção Civil gerou 200.182 vagas, o comércio 120.802 e a agropecuária, 80.999 empregos formais no ano.

O que é o Caged

O indicador mede o andamento do mercado formal. Divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados recebe relatórios das empresas para definir a quantidade de contratações e demissões com carteira assinada no Brasil.

Informações do Caged são coletadas pelo eSocial. O sistema que unifica as informações de trabalhadores e empresas. A adoção extinguiu o modelo antigo para a coleta das informações e resultou na criação do Novo Caged, que traz as estatísticas do mercado formal de trabalho desde janeiro de 2020.

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Caged tem metodologia diferente da Pnad, do IBGE. Ainda que ambos os indicadores tragam informações sobre o mercado formal, as divulgações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são mais completas e definem o nível de desemprego. A base da pesquisa é movimento do mercado dento de um intervalo de três meses.

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