OPINIÃO
Salto: Galípolo não vai repetir Meirelles e nem Tombini; Lula não é o mesmo
Colaboração para o UOL, em São Paulo
28/08/2024 19h40Atualizada em 28/08/2024 20h25
Indicado pelo presidente Lula para substituir Campos Neto na presidência do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo não vai repetir Henrique Meirelles nem Alexandre Tombini, afirmou o colunista do UOL Felipe Salto durante participação no UOL News 2ª Edição desta quarta-feira.
Salto também afirma que o presidente Lula não é o mesmo de seus dois primeiros mandatos. Galípolo é o diretor de política monetária do BC desde 2023. O anúncio de sua indicação foi feito nesta quarta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A presidência do BC vai de 2025 a 2028.
Não acho que vai acontecer nenhuma repetição, nem do que foi o Meirelles e nem o Tombini. Porque é outro presidente Lula, é outro contexto internacional e doméstico e o Galípolo é outra figura que tem uma formação bastante sólida. Felipe Salto, colunista do UOL
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Ele é formado pela PUC-SP, tem mestrado lá; passou pelo governo Serra em São Paulo, as pessoas esquecem; (...) presidiu o Banco Fator; tem uma experiência importante com a Secretaria Executiva com o Ministério da Fazenda, apesar de curta, mas que levou à aprovação com sucesso do novo arcabouço fiscal. E tem uma interlocução muito boa com várias alas da política, tanto o Congresso como o Executivo. Felipe Salto, colunista do UOL
Salto aponta que essa conjuntura não indica um cenário ruim para a presidência de Galípolo no Banco Central sob o governo Lula.
Isso não tem como ser ruim, é um excelente agouro do ponto de vista do que vai acontecer com o Banco Central e com a condução da política monetária. Lembrando que a condução da política monetária é dada por um comitê, o Copom, que tem nove membros. Claro, o presidente tem uma importância fundamental, mas são nove votos ali. Felipe Salto, colunista do UOL
A burocracia técnica do Banco Central, os servidores, eles também dão uma segurança, junto com a legislação recentemente aprovada que reforçou a autonomia operacional do Banco Central, que sempre existiu, e que levam, no meu caso, a ter uma expectativa bastante positiva com o que vai acontecer. Claro, o cenário é bastante intrincado, e o Galípolo já tem desafios assim que assumir. Felipe Salto, colunista do UOL
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