Mercado prevê nova alta da taxa Selic nesta semana, para 11,25% ao ano
Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) apostam em uma elevação de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, para 11,25% ao ano, na próxima quarta-feira (6). Se confirmada a expectativa divulgada nesta segunda-feira (4), a taxa Selic voltará ao patamar de março.
Como devem ficar os juros
Projeção mostra alta da taxa Selic para 11,25% ao ano nesta semana. A alta prevista para a taxa básica de juros é de 0,5 ponto percentual, dos atuais 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. A definição do Copom (Comitê de Política Monetária) será divulgada após as 18h desta quarta-feira (6).
Expectativas mostram mais dois avanços até o final deste ano. Conforme as projeções, os juros básicos devem chegar ao fim de 2024 em 11,75% ao ano. Além da alta prevista para a próxima quarta-feira (6), é esperada mais uma elevação semelhante na reunião de dezembro.
As expectativas da taxa Selic para os próximos anos subiram. Os analistas aumentaram de 11,25% ao ano para 11,5% ao ano a previsão de patamar para a taxa básica de juros ao final de 2025. O mesmo aconteceu para 2026 e 2027, com projeções da Selic em, respectivamente, 9,75% ao ano e 9,25% ao ano ao final dos períodos.
Previsões refletem as novas expectativas para o ambiente econômico. As apostas de juros mais altos surgem em linha com a projeção maior para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) pela quinta semana consecutiva, de 4,55% para 4,59%. As estimativas também avançaram para 2025 (de 4% para 4,03%) e 2026 (de 3,6% para 3,61%).
A Selic é o principal instrumento de política monetária para conter o avanço dos preços. Com a expectativa de inflação acima do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para limitar o consumo e inibir, consequentemente, a elevação do IPCA.
Copom levantou a possibilidade de alta da Selic no último encontro. Na ata da última reunião, quando elevou os juros em 0,25 ponto percentual, os diretores da autoridade monetária afirmaram que "o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".
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