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Dólar tem segunda queda seguida; Bolsa cai com rumor sobre Petrobras

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

04/12/2024 10h39Atualizada em 04/12/2024 22h25

O dólar teve o segundo dia consecutivo de queda nesta quarta-feira (4), depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizer que o governo vai cumprir a meta fiscal para 2024 e 2025.

A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a subir no final da tarde, virou para o negativo e fechou em leve baixa após rumores sobre a possível saída do presidente do Conselho de Administração, Pietro Mendes, da companhia. Conforme notícias veiculadas esta tarde, o novo presidente do colegiado da petroleira será o conselheiro Bruno Moretti, secretário de análise governamental do ministro Rui Costa.

O que aconteceu

O dólar comercial fechou o dia em queda de 0,13%, vendido a R$ 6,048. O turismo caiu 0,33%, para R$ 6,276.

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A Bolsa de Valores de São Paulo teve ligeira queda de 0,04%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, permanecia em 126.087 pontos.

Durante o dia, o câmbio oscilou bastante pela manhã, mas firmou em queda no início da tarde depois que o ministro falou da meta fiscal. Ele se pronunciou durante o Fórum Jota - o Brasil em 10 anos, realizado em Brasília. "Não vou ignorar que teve gente que teve que ser medicada durante o ano para conseguir atingir esse objetivo. O povo lá trabalhou e cumpriu (a meta para 2024) e vai cumprir o ano que vem de novo", disse.

Eu preciso convencer o governo de que é preciso tomar medidas de contenção para evitar esse tipo de coisa, e é o que eu estou fazendo. Aliás, não estou falando de agora, desde antes da posse do presidente Lula, eu falo para quem quiser ouvir, falo dentro do PT, falo no Jornal Nacional, falo fora do PT, falo no mercado financeiro

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Ele criticou o nível de gasto tributário e falou sobre as ações de transparência que o governo está promovendo, como divulgar por CNPJ as empresas que recebem benefícios fiscais.

Há uma semana, o governo brasileiro divulgou um pacote de medidas para diminuir seus gastos em R$ 70 bilhões em dois anos. O pacote desagradou os investidores, que acharam o montante insuficiente para reequilibrar as finanças públicas. A ideia de anunciar, ao mesmo tempo, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês também caiu mal no mercado.

O pronunciamento de Haddad também animou os investidores da Bolsa, que chegou a subir mais de 0,43%, por volta das 14h. Mas a notícia da troca de comando no conselho da petroleira esfriou os ânimos. O temor é de ingerência do governo na estatal.

Com isso, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que subiam, fecharam no vermelho. Juntas, elas têm 11,86% de peso no Ibovespa. PETR3 caiu 1,03%, para R$ 42,34 e PETR4 teve baixa de 0,66%, para R$ 39,24, conforme dados preliminares.

Nos EUA

Jerone Powell, presidente do Federal Reserve, (Fed, o banco central americano), falou em evento do New York Times nesta tarde. "Não chegamos ainda lá, mas estamos quase com a inflação sob controle", disse. Isso permitiria que ao Fed ser mais criterioso com a trajetória futura dos cortes na taxa de juros.

Powel também afirmou que as propostas do governo eleito não vão influenciar na decisão do dia 18. "Não sabermos se o governo vai realmente aumentar tarifas e se haverá retaliações. Não trabalhamos com o futuro, mas como que acontece na economia agora."

Com Agência Estado

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