Petrobras declara comercialidade de óleo leve na Bacia de Santos
RIO DE JANEIRO, 23 Fev (Reuters) - A Petrobras informou nesta quinta-feira (23) que apresentou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) declaração de comercialidade de petróleo leve no sul da Bacia de Santos, além de ter encontrado óleo leve em águas ultraprofundas na mesma bacia.
As novas acumulações de petróleo e gás receberam os nomes de Baúna e Piracaba, correspondentes às áreas de Tiro e Sidon, respectivamente, e estão localizadas em águas rasas, a cerca de 200 quilômetros da costa do Estado de São Paulo. A Petrobras tem 100% de participação nesses campos.
Segundo a empresa, os volumes recuperáveis são estimados em 113,4 milhões de barris de óleo equivalente (boe) para o campo de Bauna e de 83,1 milhões de boe para o de Piracaba, o que representa 76 dias de consumo brasileiro e 10 dias de consumo nos Estados Unidos, por meio de dados disponíveis na BP Statistical Review World/Reuters.
Os campos estão localizados no bloco BMS-40 e os reservatórios estão situados acima da camada de sal.
A Petrobras afirmou ainda que os Testes de Longa Duração realizados confirmaram a "excelente produtividade dos reservatórios nos dois campos... e o bom potencial de petróleo leve nas porções de águas rasas no sul da Bacia de Santos."
Em outro comunicado ao mercado nesta quinta-feira, a estatal informou que encontrou petróleo leve em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, no bloco BM-S-9, nos reservatórios do pré-sal.
O novo poço, 3-BRSA-1023 (3-SPS-85), foi denominado Carioca Sela e está localizado a 270 quilômetros do Estados de São Paulo.
"A descoberta foi comprovada por amostragem de petróleo em teste, nos reservatórios localizados na profundidade aproximada de 5.250 metros", disse o comunicado da estatal. A Petrobras informou ainda que foi recuperado um óleo de 27 graus API, em lâmina d'água de 2.149 metros.
O consórcio é formado pela Petrobras, que é a operadora, com 45% do total, BG Group (30%) e Repsol Sinopec Brasil (25%).
Segundo a estatal, será dada "continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação das jazidas descobertas nessa área, incluindo a perfuração de novos poços, conforme o Plano de Avaliação aprovado pela ANP".
(Por Fábio Couto e Juliana Schincariol; reportagem adicional de Jeb Blount)
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