UE aprova compra da EMI pela Universal sob condições
BRUXELAS, 21 Set (Reuters) - A Universal Music, do conglomerado francês Vivendi, obteve nesta sexta-feira aprovação da União Europeia para comprar a gravadora EMI por US$ 1,9 bilhão depois de concordar vender selos responsáveis por quase 30% das receitas da companhia britânica.
O grupo combinado, que inclui um amplo conjunto de artistas como Katy Perry e Pink Floyd, propôs a venda de ativos depois que autoridades da UE se mostraram preocupadas com o potencial poder de mercado da nova empresa.
A Universal informou que os ativos a serem vendidos representam 30 por cento das receitas da EMI ou quase 10% das vendas do grupo combinado.
A empresa vai vender a Parlophonne, um dos selos mais prestigiados da EMI e que reúne artistas como Coldplay e Queen. Os Beatles não estão incluídos nas vendas de ativos.
Também dentro dos selos que serão vendidos estão Mute, Ensign e Chrysalis, EMI Classics, Virgin Classics e unidades da EMI na França, Espanha, Bélgica, Dinamarca, República Tcheca, Polônia, Portugal, Suécia e Noruega.
A Universal também vai vender as marcas Sanctuary, Co-Op Music, King Island Roxystar, MPS Recordes, participação na Jazzland e sua unidade na Grécia.
Especialistas da indústria fonográfica afirmam que o valor do pacote a ser vendido pode alcançar os US$ 750 milhões.
A Comissão Europeia estipulou que os compradores dos ativos precisam ser gravadoras ativas ou com registro provado de atividade na indústria da música, para garantir que haverá um forte rival para a Universal.
Potenciais compradores incluem Warner Music, Sony Music, o grupo de investimentos KKR e o fundador da Virgin Records, Richard Branson.
O vendedor da EMI, o Citigroup, comprou a gravadora do grupo Terra Firma, quando ele não pagou empréstimos devidos ao banco de investimento. O acordo proposto vai consolidar a posição de liderança da Universal na indústria europeia da música.
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