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A Europa está uma pechincha, diz investidor do mercado de luxo

22/09/2012 11h50

MILÃO, 22 Sep (Reuters) - Investidores de países emergentes estão à caça das marcas de luxo na Europa, mais baratas agora que a turbulência econômica pressiona os preços para baixo, disse o varejista kuwaitiano de artigos de luxo Sheikh Majed Al Sabah.

Enquanto as preocupações com a economia se espalham pelo resistente mercado do glamour, analistas preveem que os preços de bens luxuosos vão cair.

"Toda a Europa está à venda. A Europa é uma pechincha", disse Al-Sabah, membro do conselho da destacada incorporadora imobiliária kuwaitiana Tamdeen Group, em pronunciamento na terça-feira, antes do início da semana de moda de Milão.

A venda em julho da casa Valentino, da empresa de private equity Premira, para a família real do Catar foi avaliada em 700 milhões de euros (US$ 909 milhões), ou 2,2 vezes as vendas históricas, ficando assim em média com o setor de artigos luxuosos.

Em 2001, a LVMH comprou a participação da Prada na Fendi por 1,2 bilhão de euros, ou quatro vezes as vendas históricas.

"Esses tempos acabaram", disse Al Sabah, acrescentando que os investidores estão de olho em oportunidades no mercado imobiliário, tais como os resorts luxuosos.

À medida que os consumidores se tornam mais afluentes, passam a comprar experiências em vez de acumular mercadorias, avalia em relatório a Ledbury Research, especialista no mercado internacional do luxo.

Vivenciar o luxo responde por mais da metade dos gastos com bens de alto custo na maioria dos países, incluindo as nações emergentes, de acordo com o Boston Consulting Group. Pessoas com mais de US$ 1 milhão deixam a cada ano 37% de sua riqueza em propriedades, 18% em dinheiro e somente 17% em ações, diz a Ledbury.

Reportagem de Antonella Ciancio