Grandes usinas de cana cortam gastos para segurar perdas
Os preços baixos do açúcar, o controle dos valores do combustível pelo governo, geada e agora a seca são motivos apresentados por empresas de açúcar e etanol com ações na Bolsa de Valores para cortar custos e considerar demissões.
Os dados vêm de relatórios financeiros divulgados pelas empresas na semana passada.
As unidades controladas pela Louis Dreyfus, Cosan, Bunge e outras estão vendo cortes como essenciais para limitar perdas até que os preços do açúcar se recuperem dos piores níveis em quatro anos.
O objetivo é reverter o impacto negativo que as políticas governamentais tiveram sobre a rentabilidade.
Aquisições e outras alternativas para a consolidação da indústria são difíceis por causa das condições de mercado sombrias e dívidas acumuladas durante uma década de expansão.
Mesmo o clima não está cooperando. A seca severa já levou analistas a reduzir suas perspectivas para a safra que começa nas próximas semanas.
E não há sinais claros de alívio iminente.
Perdas das companhias crescem
Maior grupo de moagem de cana do Brasil, a Raízen Energia espera uma perda para o trimestre encerrado em 31 de dezembro de R$ 115,4 milhões. O trimestre anterior teve, em comparação um lucro de R$ 164,3 milhões.
A Raízen é uma companhia controlada pela brasileira Cosan e a Royal Dutch Shell, petrolífera anglo-holandesa.
Além do volume de vendas de açúcar menores, a Raízen Energia culpou um declínio de 5% do real contra o dólar pela maior parte das perdas.
A empresa disse que continua a fazer novos investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência, como a produção de etanol celulósico.
No entanto, os investimentos na expansão da produção de cana, um dos aspectos mais intensivos do negócio, têm diminuído.
O segundo maior grupo de moagem do Brasil, a Biosev, da Louis Dreyfus, anunciou na quinta-feira um prejuízo de R$ 203,7 milhões nos últimos três meses de 2013. Em julho passado, os canaviais foram atingidos por geadas em Mato Grosso do Sul.
Com sede em White Plains, nos EUA, a Bunge disse na quinta-feira que tinha contratado o banco de investimento Morgan Stanley para revisar opções para seu negócio de moagem, que está registrando perdas no Brasil.
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