China registra superavit comercial recorde em julho
PEQUIM (Reuters) - As exportações da China impulsionaram o superavit comercial para um recorde em julho, alimentando o otimismo de que a demanda global ajudará a conter a pressão sobre a economia doméstica do enfraquecimento do setor imobiliário.
Embora a indústria pareça ter acelerado na segunda maior economia do mundo, uma fraqueza inesperada no setor de serviços nesta semana renovou as preocupações sobre o crescimento.
O fraco mercado imobiliário continua sendo o maior risco da China, sendo um peso sobre a economia como um todo e a confiança do investidor.
As exportações saltaram em julho 14,5% ante o ano anterior, ritmo mais rápido em 15 meses, informou nesta sexta-feira a Administração Geral de Alfândega, dobrando ante 7,2% em junho e superando as expectativas do mercado.
As exportações foram mais fortes do que o esperado mesmo após contabilizados dados de exportação inflados no início de 2013, quando empresas falsificaram faturas para driblar controles de capital.
Alguns analistas atribuíram o salto das exportações a embarques atrasados devido à recente volatilidade do iuan que pode não se sustentar.
Ao mesmo tempo, as importações caíram 1,6% contra uma alta de 5,5% em junho, deixando o país com superávit comercial recorde de US$ 47,3 bilhões para o mês.
"Os dados (de exportação) indicam demanda externa bastante forte e menor necessidade de uma moeda fraca", disse Dariusz Kowalczyk, economista sênior do Credit Agricole.
"Entretanto, as importações caíram 1,6% na base anual, indicando fraca demanda doméstica e pressão para baixo sobre o crescimento. As autoridades devem dar mais suporte à economia doméstica."
Pesquisa da Reuters projetava alta de 7,5% nas exportações, aumento de 3% nas importações e superávit comercial de US$ 27 bilhões.
(Por Kevin Yao e Xiaoyi Shao)