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Plano de 'concordata' da Eneva, de Eike, propõe reduzir pelo menos 40% da dívida

12/02/2015 19h01

SÃO PAULO, 12 Fev (Reuters) - A Eneva, antiga MPX de Eike Batista, apresentou nesta quinta-feira seu plano de recuperação judicial à Justiça, no qual prevê redução de pelo menos 40% no total da dívida.

O plano de recuperação da empresa aprovado pelo Conselho de Administração da empresa ainda prevê a realização de aumento de capital de até R$ 3 bilhões, ao preço de emissão de R$ 0,15 por ação. Essa capitalização poderá ocorrer por meio de capitalização de créditos detidos por credores quirografários, aporte de ativos por parte de acionistas, credores e investidores da companhia e contribuição em moeda corrente.

A empresa controlada pela alemã E.ON e pelo empresário Eike Batista prevê pagamento integral de até R$ 250 mil por credor quirografário, respeitando o valor do respectivo crédito. O pagamento seria feito em duas parcelas, sem correção monetária e juros.

Para pagamento do saldo remanescente, acima dos R$ 250 mil, será dada prioridade aos credores que concederem maiores percentuais de desconto no crédito, segundo a empresa. "O saldo que ultrapassar esse valor será reduzido em, no mínimo, 30%, podendo chegar a até 65%", informou a Eneva, em comunicado à imprensa.

A Eneva entrou com pedido de recuperação judicial em dezembro de 2014 na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. A empresa, que atua em geração e comercialização de energia elétrica, possui também negócios na exploração e produção de gás natural.

"Cumprimos aqui uma importante etapa na reestruturação de capital da companhia. Manteremos nossos stakeholders informados sobre os avanços nas negociações que poderão levar a empresa a uma situação econômico-financeira equilibrada e sustentável", disse o presidente-executivo da Eneva, Alexandre Americano, em comunicado.

Segundo ele, o pedido de recuperação judicial só ocorreu para preservar os principais ativos da empresa – as usinas termelétricas –, que são operacionais e geradoras de caixa, e, portanto, não foram incluídas no processo.