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Marfrig amplia prejuízo no 1º tri para R$ 570,9 mi por câmbio, mas eleva receita

08/05/2015 08h38

SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de alimentos Marfrig teve prejuízo líquido de R$ 570,9 milhões no primeiro trimestre, afetada pelo efeito da variação cambial em seu resultado financeiro, embora o câmbio tenha ajudado a impulsionar as receitas da companhia, informou nesta sexta-feira.

No mesmo período do ano passado, a empresa havia registrado resultado negativo de R$ 96,4 milhões.

O resultado financeiro líquido da companhia somou R$ 1,047 bilhão  negativos, com o efeito do câmbio na dívida bruta e ativos e passivos em dólar resultando em perda de R$ 506 milhões de reais.

Do lado operacional, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Marfrig somou R$ 438,5 milhões, avanço de 11,66 % na mesma base de comparação.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 461,2 milhões, com margem de 7,8%, ante 8,4% um ano antes, refletindo "o início de ano desafiador para as operações da Marfrig Beef Brasil", disse a empresa.

A companhia disse que o primeiro trimestre foi desafiador para a unidade de negócios bovinos, principalmente no Brasil, com o mercado interno demonstrando desaceleração, enquanto questões na Rússia e na Venezuela promoveram o fraco desempenho das exportações a partir do Brasil.

A receita consolidada avançou 23%, para R$ 5,88 bilhões, com todas as unidades de negócio apresentando crescimento de dois dígitos, com destaque para a Keystone. O desempenho consolidado foi favorecido pelo efeito da desvalorização do real, já que cerca de 83% da receita total da empresa é em outras moedas.

A dívida líquida da Marfrig encerrou o primeiro trimestre em R$ 10,7 bilhões, ante R$ 8,4 bilhões em dezembro.

Para o restante do ano, a Marfrig disse ver oportunidades de aumento de demanda externa, sendo que a partir do final de março parte do volume represado em janeiro e fevereiro voltaram a ser exportados para Rússia e alguns países do Oriente Médio.

A possível abertura dos Estados Unidos e China para a carne in natura do Brasil também pode significar um aumento de volumes no médio prazo e abrir outros destinos como Coreia, Japão, México e Canadá, disse.

(Por Priscila Jordão)