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Dona da Sadia e Perdigão tem lucro 47% mais alto no 2º trimestre

Imagem: Folhapress

30/07/2015 21h05

SÃO PAULO (Reuters) - A BRF (BRFS3), maior exportadora de carne de frango do mundo, divulgou nesta quinta-feira um salto anual de quase 50% no lucro líquido do segundo trimestre e citou dificuldade em reajustar preços no Brasil no segundo semestre, diante do encolhimento da economia e retração do consumo.

A companhia teve lucro líquido de operações continuadas de R$ 364 milhões no segundo trimestre, salto de quase 47% sobre o resultado obtido um ano antes, apoiado em crescimento de 12,8% na receita líquida e controle de despesas, que ficaram praticamente estáveis do ponto de vista de percentual do faturamento líquido.

"A companhia sempre manteve estratégia de proteger suas margens. O que é diferente hoje é que com um consumo possivelmente mais reprimido (no segundo semestre) temos que ser um pouco mais seletivo sobre preços", afirmou o vice-presidente financeiro da BRF, Augusto Ribeiro, a jornalistas.

"Mas tem muitas formas de se proteger margens, uma delas é via mix de produtos. Ainda é uma incógnita a forma pela qual a empresa vai implementar política de preços no segundo semestre, mas não vemos muito espaço para aumento de preços", disse Ribeiro.

Outros indicadores

A BRF teve geração de caixa medida medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,38 bilhão, crescimento de 43,6% na comparação anual. A margem no período cresceu quase quatro pontos percentuais, para 17,4%.

Analistas, em média esperavam Ebitda de R$ 1,3 bilhão para a BRF no segundo trimestre e lucro líquido de R$ 437 milhões.

As operações da BRF no Brasil tiveram uma queda de 3,9% no lucro antes de juros e impostos (Ebit) do segundo trimestre, a R$ 389 milhões.

O resultado foi impactado não só pela redução no consumo, mas também por aumento de despesas que incluíram reforço nas áreas comerciais com a criação de cinco estruturas regionais da empresa no país.

Segundo Ribeiro, "se o Brasil tivesse em uma situação de demanda crescente, os resultados teriam sido melhores. Evidente que economia nos afetou".

Porém, a receita da operação brasileira da BRF cresceu 8% no período, a cerca de R$ 4 bilhões. Ribeiro comentou que apesar da crise econômica, a indústria de alimentos costuma sofrer menos que outros segmentos, como eletrodomésticos.

A BRF encerrou o primeiro semestre com dívida líquida de R$ 5,9 bilhões, ante R$ 5,1 bilhões no mesmo período do ano passado. A alavancagem no período passou para 1,12 vez a dívida líquida sobre Ebitda ante 1,04 vez no final de 2014.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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