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Metalúrgicos da GM em São José dos Campos rejeitam oferta e decidem por greve

Alberto Alerigi Jr.

19/01/2016 12h08

Trabalhadores da General Motors em São José dos Campos decidiram entrar em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (19), após rejeitarem oferta apresentada pela montadora de pagamento de segunda parcela de participação nos lucros e resultados (PLR) de 2015.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a GM ofereceu R$ 5.000, enquanto os trabalhadores reivindicam R$ 6.405. A entidade afirmou que a greve parou 100% das atividades da fábrica. Na véspera, os trabalhos na unidade já tinham sido interrompidos diante de assembleias dos funcionários sobre a estratégia a ser tomada.

A segunda parcela é calculada com base na diferença de uma primeira parcela paga no ano anterior e na produção da companhia no mesmo ano. Segundo o sindicato, a proposta da segunda parcela da PLR embute valores de 13º salário e abono que já havia sido acertado pela empresa com os trabalhadores anteriormente.

"O valor mínimo aceitável é R$ 6.405, que equivale a 86% da tabela (de produção) que nós temos há dois anos", disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, em comunicado distribuído à imprensa. O sindicato informou que está buscando uma nova negociação com a empresa ainda nesta terça-feira.

Representantes da GM não comentaram o assunto de imediato.

A fábrica de São José dos Campos produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de motores e transmissão. A GM tem 4.800 trabalhadores na unidade, sendo que cerca de 600 estão em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) até 31 de janeiro, informou a entidade.

O sindicato afirmou que a GM não pagou a segunda parcela da PLR para as fábricas de São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS), e que os trabalhadores de São Caetano já protocolaram aviso de greve.