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Guardia está praticamente certo para substituir Meirelles na Fazenda, dizem fontes

Eduardo Guardia é o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda - Juca Varella/Folhapress
Eduardo Guardia é o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda Imagem: Juca Varella/Folhapress

Lisandra Paraguassu

28/03/2018 18h12

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer praticamente fechou a indicação de Eduardo Guardia, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, para substituir Henrique Meirelles no cargo assim que o ministro anunciar sua saída, disseram fontes do governo à agência de notícias Reuters.

Segundo uma fonte do Palácio, faltam apenas detalhes, e Temer não bateu o martelo ainda porque Meirelles não decidiu quando efetivamente deixará o ministério.

O presidente estuda também outras alterações na equipe econômica: a principal delas, deslocar Dyogo Oliveira, hoje ministro do Planejamento, para comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"O presidente não bateu o martelo ainda, mas está se debatendo essa ideia. A intenção é mudar o perfil de atuação do banco. O Dyogo tem um perfil interessante para reposicionar o BNDES. O presidente tem o desejo de fazer essa mexida", disse a fonte.

Se a mudança for feita, Mansueto de Almeida, Secretário de Acompanhamento Fiscal da Fazenda --e outro nome que era considerado para o lugar de Meirelles-- assumiria o Planejamento.

Uma terceira fonte, que também pediu para não ser identificada, afirmou que Dyogo não teria intenção de deixar o Planejamento, mas iria para o BNDES "se o presidente Temer quiser".

Os nomes de Guardia e Mansueto foram indicados a Temer por Meirelles. O presidente disse ao ministro que poderia indicar seu sucessor na pasta ao sair para fazer parte do projeto político do MDB para as eleições.

O secretário de Acompanhamento Fiscal teria mais trânsito no Congresso, mas Guardia é o nome preferido por Meirelles e não há qualquer resistência por parte de Temer.

Meirelles anunciou na véspera que irá se filiar ao MDB na próxima terça-feira e decidir na semana que vem se disputará as eleições deste ano. Para concorrer no pleito, os ocupantes de cargos no Executivo precisam deixar seus postos até 7 de abril.

(Reportagem acidional de Marcela Ayres)