Marfrig tem prejuízo de R$ 126 mi no 3º tri afetada por câmbio e despesas
(Reuters) - A Marfrig teve prejuízo líquido de R$ 126 milhões no terceiro trimestre, refletindo o impacto cambial sobre a dívida, além de despesas não recorrentes, embora a perda tenha sido 28% menor do que um ano antes.
O desempenho operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu quase cinco vezes na comparação anual, somando R$ 1,055 bilhão de julho a setembro.
Em termos ajustados, o Ebitda atingiu recorde de R$ 1,08 bilhão, superando em 23% o montante apurado um ano atrás, com margem de 9,7%.
Considerando o resultado ao acionista controlador, a Marfrig teve um prejuízo líquido de R$ 80 milhões.
No fim de setembro, a dívida bruta da Marfrig, quase toda em moeda estrangeira, era de US$ 4,83 bilhões. Em reais, somava R$ 19,34 bilhões. A alavancagem medida pela relação dívida líquida ajustada (após venda da Keystone) e Ebitda ajustado (proforma), era de 2,57 vezes em reais, e 2,3 vezes em dólar.
A Marfrig teve receita líquida recorde de R$ 11 bilhões no trimestre, alta de 21% em relação ao número proforma do mesmo período de 2017.
O faturamento foi beneficiado pelo maior volume de vendas na América do Sul, além do impacto positivo de R$ 2,045 bilhões proveniente da depreciação do real, que compensou o preço médio de vendas mais baixo e o menor número de semanas na operação da América do Norte.
Os gastos com vendas, gerais e administrativas subiram 30% na comparação ano a ano, para R$ 608 milhões, com efeito do câmbio nas operações internacionais.
As despesas financeiras subiram 49,35%, a R$ 572 milhões, avanço atribuído pela empresa a despesas temporárias de R$ 90 milhões ligadas ao empréstimo para compra da National Beef.
Mais cedo, a Marfrig informou que o órgão regulador da China aprovou a venda de sua unidade Keystone Foods para a norte-americana Tyson Foods, anunciada em agosto.
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