Novonor retoma processo de venda da petroquímica Braskem
Por Tatiana Bautzer
SÃO PAULO (Reuters) - A grupo brasileiro de engenharia Novonor, antes conhecido como Odebrecht, disse nesta quinta-feira que retomou contatos com possíveis interessados para vender o controle da petroquímica Braskem.
Os recursos da operação serão usados para pagar credores do conglomerado, principalmente os maiores bancos, conforme estabelecido em acordos com credores no âmbito do processo de recuperação judicial.
A Novonor interrompeu as discussões com a Lyondell Basell Industries NV sobre a venda da sua participação na Braskem há dois anos, quando a petroquímica foi criticada por problemas ambientais relacionados às suas atividades de mineração na cidade de Maceió, em Alagoas.
A Braskem também esteve envolvida em discussões sobre seu acordo de leniência em razão de corrupção e atrasou a publicação de seu formulário 20-F à Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA). As ações foram suspensas nos EUA brevemente devido ao atraso.
Agora que esses problemas foram resolvidos, o consultor financeiro da Novonor entrou em contato com Lyondell Basell, dentro de um grupo de empresas que inclui investidores estratégicos e financeiros, para avaliar o interesse no produtor petroquímico.
A Novonor disse em seu comunicado que "segue trabalhando para executar os acordos com seus credores". "Nesse contexto, vem dando continuidade ao processo de venda da Braskem, através do diálogo com potenciais interessados na aquisição de sua participação de 38,3% no capital total (50,1% do capital votante) da companhia.”
O Morgan Stanley, contratado como assessor financeiro pela companhia, está iniciando contato com potenciais compradores, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.
A retomada das negociações sobre a venda da Braskem foi noticiada mais cedo nesta quinta-feira pelo jornal Valor Econômico.
A Braskem também tem como acionista a Petrobras. Executivos da petroleira disseram em janeiro que ela também quer vender sua fatia na petroquímica, mas tem enfrentado dificuldades para viabilizar a operação.
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