Nubank aumenta uso de IA, mas sem "cavalo de pau", afirma CEO no Brasil
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Nubank tem aumentado a aplicação de inteligência artificial para atender a seus clientes de forma mais assertiva, incluindo atendimento e crédito, enquanto também busca ampliar a presença no segmento de média e alta rendas, com novos produtos mais especializados, de acordo com a CEO Brasil, Livia Chanes.
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A executiva afirmou nesta terça-feira que o banco digital sempre usou "machine learning", também conhecida como IA preditiva, e que agora vem utilizando também IA generativa para atendimento ao cliente em contextos mais complexos.
"A generativa permite que façamos isso em muitos mais contextos, de uma forma muito mais assertiva para o cliente", afirmou Chanes em entrevista a jornalistas. "A gente sempre operou com base em modelos de 'machine learning,' então tem oportunidade de ser melhor sempre. Mas não esperamos que isso seja uma mudança radical."
No caso específico de crédito, ela citou que a IA já é parte da forma como o banco opera. "Esperamos que vai ser um cavalo de pau? Não...É uma evolução gradual para o Nubank."
ALTA RENDA
O Nubank também está trabalhando para melhorar a oferta ao público de alta renda, segmento que vem recebendo atenção especial de incumbentes no país e que no banco digital é identificado sob a marca Ultravioleta - inicialmente a marca do cartão de crédito voltada a tal categoria.
A CEO admitiu que a competição na área "está mais acirrada" e que o banco "tem muito trabalho para fazer", mas também afirmou que hoje o Nubank tem uma marca que não tinha dez anos atrás. A executiva citou sem dar detalhes que "dois entre três brasileiros" de média a alta renda já são clientes ativos do Nubank, embora sem a relação de principalidade. "Mas estão aqui", disse.
A executiva não detalhou o número de clientes Ultravioleta. Mas disse que há um "crescimento bastante expressivo" no número e que ano contra ano "dobrou o volume de compras" feitas com o cartão do segmento.