Homem mata pai, irmão e policial e é encontrado morto dentro de casa em Novo Hamburgo
(Reuters) - Um homem matou o próprio pai e o irmão, além de um policial militar, e deixou vários feridos antes de ser encontrado morto dentro de casa em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, disse a Brigada Militar gaúcha nesta quarta-feira.
O tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, da Brigada Militar, disse a jornalistas que a ocorrência começou quando os policiais foram atender a uma chamada do pai do agressor denunciando maus-tratos. De acordo com o policial, ao chegar ao local, os policiais foram recebidos a tiros e o agressor também começou a disparar contra familiares.
"Dessa ação resultou então sete policiais militares feridos, um policial, nosso irmão de farda, em óbito, quatro cidadãos civis feridos também", disse o tenente-coronel, acrescentando que o pai do agressor foi morto no local e o irmão morreu depois de ser levado ao hospital.
Segundo o tenente-coronel, tentativas de negociar com o agressor não surtiram efeito e os policiais, ao entrarem na residência, encontraram o atirador morto.
"Todo momento que se tentava uma interação para se resolver a ocorrência da melhor forma possível, se começavam novos disparos. Agora pela manhã, ao se finalizar a ocorrência, conseguimos verificar que ele estava caído no interior da residência. Uma equipe do Bope entrou na residência, fez uma varredura e após não haver mais resposta do agressor foi acionada a equipe da Samu que entrou e confirmou então o óbito dele", disse.
"Nós não temos como informar a natureza do óbito dele", acrescentou.
Os policiais encontraram armas e farta munição dentro da casa.
Em uma publicação na rede social X, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou as mortes na cidade gaúcha.
"O trágico episódio ocorreu após denúncias de maus-tratos contra um casal de idosos na casa do atirador, que possuía quatro armas registradas em seu nome", disse Lula.
"Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável. Estendo minha solidariedade aos familiares das vítimas, incluindo a do policial militar Everton Kirsch Júnior, e a toda a comunidade afetada."
Na mesma rede social, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que a Brigada Militar atuou com firmeza no caso, " evitando consequências ainda maiores" e lamentou a morte do policial.
"O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos", escreveu.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
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