Telefônica Brasil, dona da Vivo, tem lucro 13,3% maior no 3º tri
Por Patricia Vilas Boas
SÃO PAULO (Reuters) - A Telefônica Brasil, controladora da Vivo, registrou lucro líquido de 1,67 bilhão de reais no terceiro trimestre, um avanço de 13,3% ante os meses de julho a setembro de 2023, conforme relatório de resultados divulgado nesta terça-feira.
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O resultado é levemente maior que a expectativa média de analistas de um lucro líquido de 1,57 bilhão de reais no terceiro trimestre para a empresa, conforme dados da LSEG.
A operadora de telecomunicações reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 5,95 bilhões de reais no trimestre encerrado em setembro, 7,4% acima do resultado de um ano antes. A margem Ebitda ficou praticamente estável em 42,4%.
Controlada pela espanhola Telefónica, a companhia registrou receita operacional líquida 7,1% maior que a apurada no mesmo período de 2023, a 14 bilhões de reais, com crescimento em todas as suas linhas de negócio, exceto "outras receitas".
O faturamento da Telefônica Brasil em negócios móveis -- que incluem a receita de aparelhos e eletrônicos -- subiu 8,5% no trimestre em base anual, para 10 bilhões de reais, com avanços na receita de planos pós (+10,4%) e pré-pagos (+1,4%).
No negócio fixo, a receita líquida avançou 3,6%, para 3,97 bilhões de reais, impulsionada pelo crescimento das receitas de FTTH (rede de fibra óptica), que avançou 14% ano a ano, e de dados corporativos, TIC e serviços digitais, com alta de 6,5%.
A base de clientes da companhia encerrou setembro com mais de 115,2 milhões de acessos, crescimento de 3,3% ante o mesmo período do ano anterior. O segmento móvel cresceu 4% no terceiro trimestre, para 101,5 milhões de acessos.
"Em fibra, chegamos a 28,3 milhões de casas passadas (+12,7 ano a ano) e a 6,7 milhões de domicílios conectados (+12,5% ano a ano)", afirmou a dona da Vivo em balanço de resultados.
Em paralelo, o conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou proposta para redução de capital social no montante de 2 bilhões de reais -- que será submetida à deliberação de acionistas em assembleia no dia 18 de dezembro.
A operação tem como objetivo "aprimorar a estrutura de capital da companhia, o que permitirá a flexibilização da alocação de seu capital, gerando equilíbrio entre sua necessidade de recursos e a geração de valor aos seus acionistas", afirmou a empresa no relatório.