Minério de ferro cai antes de China revelar novos estímulos fiscais

PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta sexta-feira, com os investidores adotando uma postura cautelosa em meio à queda contínua da demanda e antes que a China, principal mercado consumidor de minério, revele seu pacote de estímulo fiscal, bastante aguardado.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,65%, a 776 iuanes (108,45 dólares) a tonelada.

O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura recuou 2,16%, para 103,25 dólares a tonelada.

Com a incerteza sobre a eleição presidencial dos EUA se dissipando, o mercado está aguardando detalhes sobre os gastos fiscais da China, disseram analistas.

Alguns analistas esperam que a maior parte dos recursos seja destinada a aliviar os encargos da dívida do governo local e não oferecerá muito impulso ao crescimento econômico de curto prazo.

"Esperamos que o impacto do fator macroeconômico diminua gradualmente e que os preços no mercado de ferrosos reflitam mais a influência dos fundamentos", disseram os analistas da Sinosteel Futures.

A demanda pelo principal ingrediente de fabricação de aço contraiu-se ainda mais e as importações persistentemente altas levaram a um aumento contínuo nos estoques portuários, pesando sobre os preços.

A produção média diária de metal quente caiu pela segunda semana consecutiva, 0,6% na semana, para 2,34 milhões de toneladas em 8 de novembro, enquanto a lucratividade entre as siderúrgicas caiu pela terceira semana consecutiva, para 59,74, segundo uma pesquisa da consultoria Mysteel.

Os temores de interrupções no ciclo de flexibilização do Federal Reserve, com a vitória de Trump nas eleições presidenciais dos EUA, também pressionaram os preços para baixo.

Continua após a publicidade

"Com Trump agora a caminho de voltar à presidência, há expectativas crescentes de que o Fed não fará cortes tão agressivos como se pensava anteriormente", disseram os analistas do ANZ.

(Reportagem de Amy Lv e Mei Mei Chu)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.