Rio tem nova operação para desmantelar atividade fraudulenta contra clientes do BB
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram nesta quinta-feira nova operação para desarticular um grupo que cometia fraudes contra clientes do Banco do Brasil que somaram 40 milhões de reais, disseram as autoridades.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão contra 11 pessoas envolvidas no esquema na capital e em cidades da região metropolitana e da Baixada Fluminense, de acordo com as autoridades.
O objetivo da operação desta quinta-feira é apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso.
"A investigação da DRF revelou que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes, manipulando essas informações para cometer fraudes financeiras", afirmou a polícia do Rio.
Os alvos da operação "Chave Mestra" são acusados de organização criminosa e invasão de dispositivo de informática. As investigações tiveram início a partir de informações da Unidade de Segurança Institucional do BB. As apurações começaram em 2023, segundo o MP e a polícia do Rio.
"Os integrantes da organização criminosa utilizavam dispositivos eletrônicos como modens e roteadores clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes, manipulando essas informações para cometer fraudes financeiras", informou o MP.
Em nota, o BB disse que a ação "é um desdobramento da operação que se iniciou em julho deste ano e que está em sua quarta fase". "O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso", afirmou o banco.
De acordo com os investigadores, em apenas oito meses, os envolvidos conseguiram invadir o sistema de segurança de agências do BB localizadas no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, além de unidades situadas nos municípios de Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
A investigação também apontou que o grupo "atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas entre aliciadores, aliciados, instaladores, operadores financeiros e líderes".
No final de outubro, a polícia do Rio lançou operação para desarticular um grupo que realizou fraudes contra clientes do BB. Na ocasião, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão contra funcionários e trabalhadores terceirizados do banco a serem cumpridos no Rio de Janeiro e no Mato Grosso.
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