Wall St recua enquanto investidores avaliam dados e notícia de emergência econômica de Trump

(Reuters) - Os principais índices de Wall Street recuavam nesta quarta-feira, com os investidores digerindo dados de emprego mais fracos do que o esperado e avaliando notícia de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está avaliando declarar emergência econômica nacional.

O Dow Jones caía 0,29%, a 42.406,70 pontos. O S&P 500 tinha queda de 0,20%, a 5.896,57 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 0,17%, a 19.456,33 pontos.

Os mercados avaliavam um relatório da ADP que mostrou que o crescimento do emprego no setor privado desacelerou de forma acentuada em dezembro, embora um relatório separado do Departamento do Trabalho tenha informado que os pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior recuaram.

"Parece que um relatório está contradizendo o outro. A redução nos pedidos de auxílio-desemprego implica que mais pessoas estão conseguindo trabalho, enquanto o número da ADP mostra que menos pessoas conseguiram trabalho do que o esperado", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA.

Stovall acrescentou que os mercados seguem voláteis, já que os investidores estão tentando determinar o que esses dados implicam para os números do relatório de emprego de dezembro, a ser divulgado na sexta-feira.

As ações de megacaps estavam sem direção única, com a Nvidia ganhando 1,8%, a Alphabet estável e a Meta caindo 0,7%.

A maioria dos 11 setores do S&P 500 estava em baixa, liderada por um declínio de 1% no setor de serviços públicos, devido à pressão dos rendimentos dos Treasuries, que se mantinham em máximas de vários meses.

Um mercado de trabalho amplamente saudável está permitindo que o Fed mantenha os juros inalterados. Operadores agora esperam o primeiro corte do ano em maio ou junho, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

A confiança do mercado também se enfraqueceu depois que uma reportagem da CNN disse que Trump está pensando em criar um novo programa de tarifas usando a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional, que autoriza o presidente a gerir as importações durante uma emergência nacional.

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Antes da posse de Trump, notícias sobre possíveis tarifas aos parceiros comerciais dos EUA mantiveram os investidores nervosos com a preocupação de que suas políticas pudessem desencadear uma guerra comercial global e fomentar as pressões inflacionárias.

(Reportagem de Johann M Cherian, Medha Singh e Sukriti Gupta em Bengaluru)

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