Turquia e Brasil são principais compradores de diesel russo, mostram dados da LSEG

MOSCOU (Reuters) - A Turquia e o Brasil continuaram sendo os principais importadores de diesel e gasóleo marítimos russos no ano passado, em meio à proibição da União Europeia de importar produtos refinados russos, segundo dados de fontes do mercado e da LSEG.

Antes de o embargo total da UE entrar em vigor em fevereiro de 2023, a Europa era o maior comprador da Rússia.

De acordo com os dados do LSEG, os suprimentos de exportação de diesel e gasóleo dos portos russos para a Turquia no ano passado aumentaram em um quarto em relação a 2023, para 16,8 milhões de toneladas métricas.

As exportações russas de diesel para o Brasil aumentaram para 7,4 milhões de toneladas em 2024, 15% a mais do que no ano anterior, segundo dados.

As exportações de diesel e gasóleo dos portos russos para os países africanos ultrapassaram 9,6 milhões de toneladas no ano passado, mas caíram 6% em relação a 2023.

Egito, Líbia, Tunísia, Gana e Senegal estiveram entre os principais importadores, de acordo com dados da LSEG.

Em dezembro de 2024, os carregamentos russos de exportação de diesel e gasóleo aumentaram quase 18% em relação ao mês anterior, para 3,4 milhões de toneladas, devido ao aumento da produção de combustível e à lentidão sazonal da demanda no mercado doméstico, segundo dados de traders e de transporte.

A Turquia e o Brasil continuaram sendo os principais importadores, totalizando 1,2 milhão de toneladas (-10% em relação a novembro) e 0,53 milhão de toneladas (+32% em relação a novembro), respectivamente.

Enquanto isso, os traders relatam o aumento dos volumes de diesel enviados por meio de transferências navio a navio (STS) perto do porto italiano de Augusta e das ilhas gregas.

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Os carregamentos STS também se tornaram mais atraentes desde as recentes sanções ocidentais à frota de navios-tanque, disseram os traders.

Em dezembro, os navios-tanque que transportavam cerca de 370.000 toneladas de diesel russo foram destinados a transferências de navio para navio. Seus destinos finais ainda são desconhecidos.

Na semana passada, os EUA impuseram novas sanções relacionadas à Rússia, visando mais de 180 embarcações e companhias de seguros. Essa medida poderia aumentar as operações de navio para navio, acrescentaram as fontes do mercado.

(Reportagem da Redação em Moscou)

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