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Governo descarta ideia de gastar 10% da receita da União com saúde

Raquel Ulhôa

Em Brasília

22/09/2011 17h09

O projeto de regulamentação da Emenda Constitucional número 29, que define gastos mínimos com saúde pelos três níveis de governo, será analisado por, pelo menos, três comissões do Senado, antes de ir a plenário: Constituição e Justiça (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE) e Assuntos Sociais (CAS).

O governo vai trabalhar pela aprovação do texto aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira, segundo o líder, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele descarta a possibilidade de o Senado resgatar a proposta original do ex-senador Tião Viana (PT-AC), hoje governador, que destinava no mínimo 10% da receita bruta da União para os serviços públicos de saúde. A ideia é defendida pelo DEM.

"A proposta é inexequível. O projeto vincula receita, mas não traz a fonte de recursos. A oposição insiste só para ter o embate político", disse Jucá.

O líder do governo no Senado também descartou a tentativa de se criar um novo imposto para financiar a saúde. Isso só seria possível por meio de outro projeto, já que a Câmara derrubou a base de cálculo para a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) na regulamentação da Emenda 29.

"O governo está em outra linha, de desoneração, diminuir a carga tributária, melhorar a gestão. O governo não vai propor nenhum imposto agora, num momento de gerar empregos e de manter o crescimento", disse.