Um terço dos casais não sabe quanto o parceiro ganha, segundo pesquisa
Falar sobre dinheiro deveria ser assunto de família. Pelo menos é o que recomendam as cartilhas de finanças pessoais. Mas parece que nos lares brasileiros o tema ganha pouco espaço.
Segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), feita com 662 consumidores acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras, mais de um terço dos casais brasileiros (35%) desconhece o valor do salário do companheiro.
Em outro item do levantamento, é possível observar o problema da falta de diálogo sobre questões financeiras. Apenas 31% das famílias brasileiras conversam abertamente sobre gastos e receitas, incluindo o cônjuge e outros membros do grupo familiar.
De acordo com a pesquisa, em 33% dos casos, apenas um integrante paga todas as contas da família, enquanto 26% garantem que os gastos são divididos igualmente entre quem possui renda. Mas na hora de decidir sobre os gastos familiares, 44% dos entrevistados ressaltam que tomam as decisões em conjunto com os demais integrantes da família, embora a conversa esteja presente em 58% dos casos.
Se por um lado as contas da casa são compartilhadas na maioria das vezes (93%), no caso das despesas pessoais, esses gastos são pouco transparentes - um em cada quatro entrevistados (25%) não compartilha tais obrigações financeiras com outros membros da família. E as mulheres se mostram ainda mais reservadas nesse sentido, segundo a pesquisa - 39% delas não revelam suas contas pessoais ao parceiros.
"A pesquisa mostrou também que em geral as mulheres costumam omitir gastos com roupas [60%], calçados [42%] e acessórios [40%]. Já os homens têm o hábito de não revelar os valores dos gastos com saídas para bares, cinemas, teatro e restaurantes [40%], além dos gastos carros, motos [41%] e cigarros e bebidas [19%]", exemplifica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Para Marcela, a pesquisa comprova que uma boa conversa sobre o orçamento doméstico pode melhorar o uso da renda pelos familiares e, como consequência, resultar até em sobra de dinheiro no fim do mês. "Por isso, o ideal é conversar sobre dinheiro tanto nos momentos bons quanto nos ruins. Desta forma, na hora da dificuldade, o assunto poderá ser tratado de forma mais natural", complementa José Vignoli, educador financeiro do Meu Bolso Feliz, portal de educação financeira do SPC Brasil.
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