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Dólar volta a cair seguindo exterior, enquanto bolsa tem ligeira alta

12/07/2017 14h06

Tudo conspirou a favor da queda do dólar nesta quarta-feira (12). No exterior, a fala da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, corroborou o apetite por risco que tem prevalecido nos últimos dias e que justificou uma valorização das moedas emergentes, inclusive do real. No Brasil, a aprovação da reforma trabalhista com uma margem mais ampla contribuiu para o movimento.


A moeda americana chegou a ser negociada a R$ 3,2196 e, às 13h43, valia R$ 3,2268, baixa de 0,79%. O dólar para agosto era negociado a R$ 3,239 no horário, com queda de 0,92%.


Yellen disse que o juro nos EUA não precisa subir muito mais para que se alcance uma política monetária neutra. Isso foi entendido pelo mercado como um sinal de que o ajuste do juro ocorrerá lentamente.


Segundo profissionais de mercado, o ambiente internacional é responsável por pelo menos 70% dessa reação positiva dos ativos. Mas reconhecem que a aprovação da reforma trabalhista, a alta do petróleo - que favorece a Petrobras - e a perspectiva de queda de juros também contribuem para a melhora do humor local.


Juros


Os juros futuros tiveram mais uma sessão de queda, refletindo o largo apetite por risco que prevalece no cenário internacional.


Às 13h24, o DI janeiro/2021 recuava a 9,85%, ante 9,96% no ajuste de ontem, enquanto o DI janeiro/2023 tinha taxa de 10,34%, ante 10,45% ontem.


Segundo analistas, embora seja o ambiente internacional o principal elemento a justificar a queda hoje, também é preciso considerar que a aprovação da reforma trabalhista tem um efeito positivo sobre os mercados. E deixou uma sensação de que o presidente Michel Temer (PMDB) pode ter uma sobrevida. Leitura que contribui para o bom humor que se instalou nas mesas de operação hoje.


"Parte do mercado está convencido de que um cenário com [Rodrigo] Maia [presidente da Câmara] poderia ser mais arriscado do que com Temer", afirma um profissional de mercado, que prefere não ser identificado. "Desde ontem, a cabeça dos analistas começou a mudar sobre essa questão, diminuindo a aposta no Maia."


Bolsa


A bolsa de valores brasileira inicia a tarde desta quarta-feira em alta, mas a forte queda da Vale por conta da retração do minério de ferro limita um pouco os ganhos.


O Ibovespa, principal índice acionário local, subia 0,06%, para 63.868 pontos, às 13h49, já tendo subido 1,01% na máxima do dia até o momento.


A Petrobras lidera os ganhos no Índice Bovespa, seguindo os ganhos do petróleo no exterior e repercutindo duas importantes vitórias no âmbito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma com a absolvição da Petrobras em um processo a respeito do prospecto da sua oferta de ações em 2010 e outra com a dispensa da necessidade de reenviar os seus balanços do período de 2013 a 2016.


A ação ordinária da petroleira estatal avançava 2,52%, e a preferencial ganhava 2,35%.


No time das maiores altas, estavam também Eletrobras PNB (2,32%), Localiza ON (2,31%) e Renner ON (2,20%).


A Vale apresenta a maior baixa entre as empresas produtoras de matérias-primas depois de o minério de ferro despencar 2,1% na China, para US$ 64,05 a tonelada. O papel PNA da mineradora há pouco recuava 0,96%, a R$ 27,75, e o ON perdia 1,36%, a R$ 29,63.


Entre as maiores quedas estavam Embraer ON (-2,64%), Fibria ON (-1,96%), TIM ON (-1,68%), Vale ON (-1,30%) e Itausa PN (-1,20%).


O Itaú Unibanco era a única instituição financeira em baixa depois de o banco de investimentos J.P. Morgan rebaixarem a sua recomendação para a ação do equivalente a compra para neutro.

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