O ano de 2021 ficou marcado pela piora em alguns dos principais índices de economia do Brasil. Na continuidade da pandemia de covid-19, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) voltou a bater dois dígitos, chegando a quase 11% no acumulado de 12 meses, maior resultado desde 2003.
Como resultado, o brasileiro sentiu no bolso o aumento de produtos essenciais. A carne vermelha ficou mais cara e, com isso, o seu consumo despencou ao menor nível em 16 anos. Outros itens básicos, como arroz, feijão e café também ficaram mais escassos na mesa de milhões de pessoas.
A taxa básica de juros da economia (Selic) chegou a 9,25% em dezembro, maior patamar em quatro anos, como uma tentativa do governo de reduzir o consumo e derrubar os preços.
O desemprego tem tido reduções, mas ainda afeta muita gente. No trimestre móvel de agosto a outubro de 2021, 12,9 milhões de brasileiros estavam desocupados (taxa de 12,1% de desemprego). Também houve queda de 4,6% no rendimento mensal em relação ao trimestre móvel anterior: a média foi de R$ 2.449.
Nos trechos a seguir, o UOL conta histórias de pessoas que sentiram a crise econômica atingir suas vidas em meio aos apuros causados pela pandemia.
Janayna alimenta seus filhos pequenos com água e açúcar; Tamara vendeu o carro para pagar dívidas acumuladas; e José foi demitido meses depois de se tornar pai.