10 dicas para organizar as finanças no desemprego
SÃO PAULO – Há 10,4 milhões de desempregados no Brasil atualmente, segundo dados do IBGE. Pela situação econômica do país, é possível que esse número não diminua significativamente tão cedo.
Para piorar, é praticamente consenso entre especialistas que os brasileiros têm uma educação financeira insatisfatória, o que pode ser desastroso em momentos de dificuldade e desemprego.
“Nessa hora, é preciso estar centrado, por mais que possa parecer impossível. Sempre afirmo que é com os tombos que aprendemos a andar; assim, é hora de buscar uma restruturação financeira, para atravessar esse período e, posteriormente, estar prevenido para imprevisto”, alerta o mestre em educação financeira Reinaldo Domingos.
Confira algumas dicas do especialista para superar o desemprego da melhor maneira possível.
1. Faça contas antes de pagar as dívidas
Embora pareça necessário livrar-se de dívidas assim que se perde o emprego, nem sempre esta é a melhor opção. Muitas vezes, quitar todas as parcelas em atraso pode significar ficar sem dinheiro para manter-se no futuro.
Antes de pagar, faça as contas para não ficar na mão.
2. Crie uma reserva de emergência
Essa é uma dica para todas as fases da vida. Mas, no caso do desemprego, é ainda mais importante por dois motivos: a emergência em si e a possibilidade de investir essa quantia em algo que impulsione a carreira e o ajude a retornar ao mercado de trabalho – como um curso, por exemplo.
“A primeira medida a ser tomada é reter os valores ganhos de fundo de garantia, seguro desemprego e férias vencidas. Esse dinheiro só deverá ser mexido após ser estabelecida uma estratégia”, escreve o especialista.
3. Analise sua situação
Fazer contas é a primeira coisa em que se deve pensar no momento do desemprego. Some tudo o que já tem com o que irá receber e levante os gastos necessários mensais, para saber como distribuir o dinheiro e quanto conseguirá guardar. Não deixe nada passar, de parcelamento a cafés de fim de tarde.
4. Esqueça o crédito
A dica é pragmática: “cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser prioritariamente esquecidos de sua vida”. Não use essas ferramentas de juros altos nem mesmo em caso de emergência.
5. Faça uma limpeza
É hora de repensar de forma realista todos os gastos e saber realmente o que deve ser mantido ou cortado. TV a cabo, pacotes caros de dados para celular, restaurantes, eletrônicos que gastem energia demais: repense e corte tudo o que não for essencial.
6. Repense o padrão de vida
Na mesma linha da dica anterior, é inteligente entender que não é o momento de manter o mesmo padrão de conforto e imagem. Marcas e luxo são gastos desnecessários, e a imagem social não deve ser a prioridade para uma pessoa em busca de recolocação profissional.
7. Negocie dívidas
Seja franco com seus credores: se você não tem condições de realizar os pagamentos, mostre a eles que não quer se afundar na inadimplência, mas precisa que juros e débitos sejam suavizados. “Lembrando sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia”, comenta Reinaldo.
8. Cuidado com exploradores
Ninguém está blindado de propostas maliciosas. “Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes, é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas”, explica o especialista.
9. Procure frilas e bicos
Nessa época, alternativas de ganhos são bem-vindas, mesmo que fora da sua área de especialização. Temporariamente, deixe de lado a inflexibilidade e faça o que puder para manter o conforto financeiro.
10. Corra atrás
A busca pela recolocação deve ser ativa para obter sucesso. Converse com pessoas, faça contatos – não é vergonha estar desempregado – e não deixe as oportunidades passarem por besteira.
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