Ricos perdem peso na economia, mas aumentam renda, mostra pesquisa
A participação dos 10% mais ricos na renda nacional encolheu em 2008 em comparação com 2007 —ao contrário de quase todas as outras faixas de renda, mostram dados divulgados nesta sexta-feira na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar disso, os mais bem posicionados na escala social viram sua renda mensal aumentar de um ano para o outro, atingindo a média de R$ 4.424.
De acordo com a pesquisa, que contabiliza pessoas empregadas e com renda, os 10% mais ricos detinham 42,7% da distribuição total dos rendimentos mensais no Brasil em 2008 —uma queda de 0,6 ponto percentual em comparação com os 43,3% do ano anterior.
Desde 2005, esse indicador cai enquanto os de outros estratos de renda avançam.
No ano passado, seis das dez faixas definidas pelo IBGE ganharam mais peso, duas ficaram estáveis e uma, além da dos 10% mais ricos, recuou levemente. O IBGE considera mais importantes as variações que superem 0,5 ponto percentual, como é o caso do grupo VIP da economia brasileira —que de 2004 para 2008 encolheu quase dois pontos percentuais.
Apesar de a participação dos mais ricos na economia ter diminuído, a renda deles só tem melhorado nos últimos anos. Em 2004, o rendimento médio mensal desse grupo era de R$ 3.937. Subiu para R$ 4.124 no ano seguinte, depois para R$ 4.393, foi a R$ 4.410 em 2007 e finalmente a R$ 4.424 em 2008.
A redução do peso dos 10% mais ricos demonstra que houve desconcentração de renda, de acordo com o IBGE. Os estratos menos endinheirados engordaram os 0,6% em participação na economia —mesmo percentual perdido pelos mais abastados.
Os 10% mais pobres, por exemplo, com rendimentos de até R$ 122 mensais em 2008, voltaram a ampliar sua participação sobre o total da renda nacional em 0,1%, como acontece desde 2006. Na pesquisa mais recente, o peso deles na renda nacional foi de 1,2%. A renda média mensal dos mais pobres era de R$ 117 na pesquisa anterior.
Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm usado os números sobre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres nos últimos anos para defender que "o Brasil está se tornando um país de classe média", como disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, potencial candidata à Presidência da República em 2010.
O IBGE não utiliza essa classificação de "classe média" e faz divisão apenas por faixas de renda.
Apesar disso, os mais bem posicionados na escala social viram sua renda mensal aumentar de um ano para o outro, atingindo a média de R$ 4.424.
Leia material especial sobre a pesquisa do IBGE
Baixe os gráficos com a pesquisa do IBGE
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EMPREGO FORMAL CRESCE 7% |
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Desde 2005, esse indicador cai enquanto os de outros estratos de renda avançam.
No ano passado, seis das dez faixas definidas pelo IBGE ganharam mais peso, duas ficaram estáveis e uma, além da dos 10% mais ricos, recuou levemente. O IBGE considera mais importantes as variações que superem 0,5 ponto percentual, como é o caso do grupo VIP da economia brasileira —que de 2004 para 2008 encolheu quase dois pontos percentuais.
Apesar de a participação dos mais ricos na economia ter diminuído, a renda deles só tem melhorado nos últimos anos. Em 2004, o rendimento médio mensal desse grupo era de R$ 3.937. Subiu para R$ 4.124 no ano seguinte, depois para R$ 4.393, foi a R$ 4.410 em 2007 e finalmente a R$ 4.424 em 2008.
A redução do peso dos 10% mais ricos demonstra que houve desconcentração de renda, de acordo com o IBGE. Os estratos menos endinheirados engordaram os 0,6% em participação na economia —mesmo percentual perdido pelos mais abastados.
Os 10% mais pobres, por exemplo, com rendimentos de até R$ 122 mensais em 2008, voltaram a ampliar sua participação sobre o total da renda nacional em 0,1%, como acontece desde 2006. Na pesquisa mais recente, o peso deles na renda nacional foi de 1,2%. A renda média mensal dos mais pobres era de R$ 117 na pesquisa anterior.
Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm usado os números sobre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres nos últimos anos para defender que "o Brasil está se tornando um país de classe média", como disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, potencial candidata à Presidência da República em 2010.
O IBGE não utiliza essa classificação de "classe média" e faz divisão apenas por faixas de renda.
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