IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Mercado vê Selic maior em 2013, com menos inflação e crescimento

Do UOL, em São Paulo

18/03/2013 08h40Atualizada em 18/03/2013 09h50

Pela segunda semana seguida, o mercado elevou a projeção para a a Selic em 2013, passando a 8,25% ao ano, ante 8%, ao mesmo tempo em que reduziu as estimativas para inflação e crescimento econômico no período, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (18).

Pelo levantamento, a mediana dos analistas consultados pelo BC também passou a ver a taxa básica de juros --hoje na mínima histórica de 7,25% ao ano-- maior no final de 2014, a 8,5%, frente aos 8,25% apurados até então.

Na semana passada, o BC piorou seus cenários de inflação tanto em 2013 quanto 2014 na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual não mexeu na Selic. Além disso, destacou que é preciso ter "cautela" na condução da política monetária e deixou o mercado dividido sobre os passos do BC ao longo do ano.

O Focus mostrou, por outro lado, que a mediana no médio prazo para a Selic do Top 5 --instituições que mais acertam suas previsões-- foi reduzida neste ano, passando a 8,25%, ante 8,5%. Para 2014, o movimento foi no mesmo sentido, com a estimativa agora em 7,75%, ante 7,88%.

Inflação

Os analistas consultados pelo BC veem agora o IPCA em 5,73% neste ano, ante 5,82% na pesquisa anterior. Para 2014, por outro lado, o cenário piorou, com o indicador subindo a 5,54%, ante 5,5% da mediana anterior.

A perspectiva para a expansão da economia brasileira em 2013 foi reduzida a 3,03%, ante 3,1% anteriormente, mesmo após sinais de recuperação da atividade no início do ano tanto do setor de varejo quanto da indústria.

As vendas no varejo mostraram recuperação no início deste ano com uma alta de 0,6% em janeiro ante dezembro, recuperando a queda de 0,4% no último mês do ano passado.

Esse resultado soma-se ao avanço de 2,5% da produção industrial no primeiro mês do ano, maior expansão mensal em quase três anos.

Para 2014, os analistas mantiveram suas contas para o crescimento do PIB em 3,5%.

Já a expectativa para o câmbio no final deste ano foi mantida em R$ 2 pela terceira semana seguida.

(Com Reuters)