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CPFL compra distribuidora gaúcha de energia AES Sul por R$ 1,7 bilhão

Luciano Costa

16/06/2016 08h45

SÃO PAULO, 16 Jun (Reuters) - A holding CPFL Energia (CPFE3) anunciou nesta quinta-feira (16) acordo para aquisição da distribuidora gaúcha de eletricidade AES Sul, controlada pela norte-americana AES, por um valor total de cerca de R$ 1,7 bilhão, sujeito a ajustes.

A operação vem em um momento em que a AES lida com dificuldades em suas operações de distribuição de energia no Brasil, que incluem a AES Sul e a Eletropaulo (ELPL4), enquanto a CPFL tem falado frequentemente em expansão no segmento via aquisições.

A transação envolve R$ 1,4 bilhão pela companhia, mais R$ 295 milhões relativos a um aumento de capital realizado pelo grupo AES na AES Sul no final de fevereiro deste ano, informou a CPFL em comunicado ao mercado.

Segundo a CPFL, a aquisição fará com que o grupo alcance uma participação total de 14,3% no mercado brasileiro de distribuição de eletricidade, ante 13% atualmente.

"O acordo para a compra da AES Sul está em linha com a nossa estratégia de crescer no setor de distribuição, capturando ganhos de escala para as nossas operações e criando valor para os nossos stakeholders", afirmou em nota o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Jr.

A AES Sul fornece energia para 1,3 milhão de clientes nas regiões metropolitana de Porto Alegre e no centro-Oeste do Rio Grande do Sul, com um consumo total de 8,8 mil gigawatts-hora ao final de 2015.

A CPFL já atua no Rio Grande do Sul com a distribuidora RGE, adquirida em 2006, cuja área de concessão é contígua à da AES Sul.

O preço total da aquisição será ajustado em até 45 dias da data de fechamento, pelas variações de capital de giro e de dívida líquida da AES Sul entre o final de 2015 e a data de fechamento da transação.

O negócio precisará ser aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além de pelos credores da AES Sul.

A CPFL Energia afirmou que convocará uma assembleia de acionistas para aprovar a operação, mas adiantou que seus controladores já se comprometeram a votar favoravelmente ao negócio.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)