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Ibovespa opera em alta, com ajuda do dólar e bolsas do exterior

08/04/2015 10h24


O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, opera em alta nos primeiros negócios do dia. O indicador avançava 1,31% às 10h20, para 54.402 pontos. Altas nas bolsas da China e de Nova York sustentam essa tendência.

Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,84%, aos 3.994,81 pontos e, em Hong Kong, o Hang Seng avançou 3,80%, aos 26.236,86 pontos, no retorno do feriado prolongado de Páscoa. Há expectativas de anúncio de medidas de estímulo monetário pela China.

Já em Nova York, os futuros dos índices acionários apontam leve alta para a abertura, com as ações da BP entre as maiores ganhadoras do mercado, após o anúncio do acordo de compra do BG Group pela Royal Dutch Shell. Os investidores estarão concentrados também na divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, prevista para as 15h (de Brasília).

Petrobras

As ações da Petrobras lideram entre os maiores ganhos do Ibovespa neste início de pregão. Os papéis preferenciais da estatal tinham valorização de 3,31%, cotados a R$ 11,25, enquanto os ordinários subiam 3,32%, para R$ 11,19.

O setor de petróleo amanheceu hoje sob o impacto da notícia de aquisição do BG Group pela Royal Dutch Shell, por 47 bilhões de libras (US$ 69,6 bilhões), em dinheiro e ações. A aquisição faz da Shell a segunda maior produtora de petróleo do Brasil, atrás somente da Petrobras, ultrapassando a Statoil e a Repsol Sinopec.

O principal atrativo para a Shell no negócio foram justamente os ativos em águas profundas da BG no Brasil, bem como seu portfólio de gás natural liquefeito, avalia a RBC Capital Markets. "A carteira de gás natural liquefeito, combinada com a da Shell, representará cerca de 16% do mercado mundial, ampliando a posição da Shell como líder neste segmento", diz a RBC. No Brasil, os ativos da BG darão à Shell uma posição ainda mais sólida em uma das bacias de menor custo do mundo, diz a RBC, ampliando as sinergias em potencial com os ativos da Shell no campo de Libra, que integra a área do pré-sal.

Segundo comunicado da Shell, a compra da BG deve proporcionar sinergias antes de impostos de aproximadamente US$ 2,5 bilhões por ano em 2018. Desse montante, US$ 1 bilhão deve vir da economia de custos operacionais e US$ 1,5 bilhão na redução de gastos com exploração. A empresa espera ainda sinergias adicionais, que ainda não puderam ser quantificadas.