A dificuldade de enquadrar Bolsonaro: "Não adianta falar", dizem auxiliares
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"Chega uma hora que não adianta mais falar"; "Ele é impulsivo"; "Não tem jeito, ele é o presidente e é assim, ninguém muda"; "Ele quer ser a linha de frente da tropa".
Essas são algumas das frases ditas por auxiliares próximos do presidente Jair Bolsonaro sobre os reiterados episódios em que o chefe do Executivo do país contraria recomendações de segurança e saúde ao interagir com a população em meio à pandemia do coronavírus.
O presidente, que desfilou por áreas populares de Brasília neste domingo, começa a semana com um desafio de tirar o papel os projetos prometidos para mitigar os efeitos da Covid-19 na economia. O Senado precisa aprovar a matéria que vai liberar auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais para que Bolsonaro regulamente a medida. O presidente promete assinar o quanto antes a medida.
No Palácio do Planalto, a ordem é minimizar o desgaste em torno das últimas atitudes do presidente. Na avaliação de um militar de alta patente que faz parte do governo, as ações que estão começando a aparecer para tentar responsabilizar Bolsonaro por incentivar o fim da quarentena não devem prosperar.
"Acho que não (vão prosperar). Fazem parte do contexto já criado", disse. "Já passou da hora de nos preocuparmos com pequenas coisas, precisamos olhar para os grandes problemas que batem à nossa porta", completou.
Sobre o fato de o Twitter ter apagado as postagens do presidente durante seu passeio por Brasília, os auxiliares evitaram comentários ou minimizaram o episódio. Hoje cedo, Bolsonaro falou que não discutiria o assunto por se tratar de uma empresa privada.
"É irrelevante e não vai mudar nada", disse uma fonte palaciana sobre as postagens terem sido apagadas.
Ministros na linha de frente
Além do risco que se expõe ao sair e conversar com cidadãos, Bolsonaro convive com rumores constantes sobre a possibilidade de saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Economia, Paulo Guedes.
A interlocutores, Mandetta já afirmou que não deixará o cargo a menos que o presidente resolva demiti-lo. Já Guedes, depois de uma semana em quarentena no Rio, voltou a Brasília e vai ao Palácio do Planalto se encontrar com o presidente para fechar as novas medidas que o governo divulgará em breve, como a que permitirá a redução de salários.
No fim de semana, o ministro da Economia se mostrou dividido em relação a postura do presidente e disse que como cidadão preferia estar em casa.
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