Bolsonaro busca saída honrosa para Vitor Hugo para dar liderança ao centrão
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Não é de hoje que o presidente Jair Bolsonaro articula com parlamentares do chamado centrão para construir uma base capaz de dar sustentabilidade ao governo e também conseguir fazer avançar os projetos de interesse do Executivo no parlamento.
Segundo auxiliares do presidente, a troca do líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), ganhou força e o seu substituto deve ser mesmo o deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro da Saúde do governo Temer.
O detalhe que falta para a troca ser efetivada é que Bolsonaro tem em Vitor Hugo um aliado leal e não quer "queimar e magoar" o atual líder.
"Dificilmente vão anunciar isso sem ter um lugar para o Vitor Hugo ir", disse um ministro, que admitiu a movimentação.
Procurado, Ricardo Barros desconversou, disse que a negociação não está madura e elogiou o atual líder. "Bolsonaro tem enorme apreço por Victor Hugo", declarou.
Conforme mostrou o UOL, a solução também teria como consequência arrefecer o conflito entre o centrão e o articulador político do governo, o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
No Palácio do Planalto, porém, há quem tenha resistência a mudança. "Não tem nada definido e a decisão é única exclusivamente do presidente", disse um auxiliar direto de Bolsonaro.
Governabilidade
O novo viés pragmático do presidente tirou de seu time de articuladores, ontem, uma antiga aliada. Bia Kicis (PSL-DF) foi destituída da função após votar contra a orientação do governo.
O movimento de abrir espaços para o centrão acontece desde o início do ano e se intensificou nos últimos meses.
A articulação do governo é para montar uma tropa de choque capaz não só de blindar o mandatário da ameaça de impeachment, que ganhou força na esteira das crises que ocorreram durante a pandemia do coronavírus, mas que também com poder de negociar votos no Parlamento e garantir aprovação de projetos.
Uma das pautas centrais do governo que será lançada nas próximas semanas é o Renda Brasil. A proposta que almeja ser o Bolsa Família de Bolsonaro entrou nas negociações do Fundeb.
O texto ainda está em elaboração por diferentes ministérios e o objetivo é lançá-lo ao Congresso com caminho pacificado para aprovação. Outro ponto é a reforma tributária, em discussão no Parlamento.
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