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Carla Araújo

Weintraub deve ficar mais 2 anos no Banco Mundial; salário é de R$ 115 mil

Do UOL, em Brasília

18/09/2020 08h20

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O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, atual diretor-executivo do Banco Mundial, deve continuar no cargo —com salário de cerca de R$ 115 mil por mês— por mais dois anos.

O Banco Mundial confirmou que recebeu uma comunicação oficial das autoridades brasileiras que indicou Weintraub para Diretor Executivo representando o Brasil e demais países do seu grupo (constituency) no Conselho de Diretores Executivos do Grupo Banco Mundial.

Segundo a instituição, o período eleitoral acontece entre 16 de setembro e 15 de outubro de 2020. "Se reeleito pelo seu constituency, ele cumprirá um mandato de dois anos, com início em 1º de novembro de 2020", diz o banco, em comunicado.

Assim como fez da primeira vez que Weintraub foi aceito pelo grupo, a instituição ressaltou que "diretores-executivos não são funcionários do Banco Mundial, mas representantes dos nossos 189 acionistas".

No dia 30 de julho, o Banco Mundial confirmou que Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco.

Weintraub assumiu o cargo em agosto e o atual mandato termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição. O governo brasileiro acredita que Weintraub não terá dificuldades em ser reconduzido.

Atribuições

Os diretores-executivos do Banco lidam com as conduções dos negócios do dia a dia da instituição, espécie de responsáveis pela condução das operações gerais do Banco.

Além disso, está entre as funções de Weintraub avaliar e decidir a respeito das propostas de empréstimo e crédito do banco.

Saída do Brasil foi tumultuada

Weintraub deixou o cargo de ministro da Educação no dia 18 de junho, após uma série de desgastes que trouxe para o governo. A principal delas foi o enfrentamento ao STF (Supremo Tribunal Federal) explicitado pela reunião ministerial de 22 de abril, que foi tornada pública por decisão do ministro Celso de Mello. O ministro chegou a prestar depoimento na Polícia Federal.

Em sua saída do Brasil, o ex-ministro também provocou polêmica. Utilizou o passaporte ainda de ministro e tentou dar um caráter de "exílio" a sua saída.

A demissão e a necessidade de Weintraub sair do país —havia o receio de eventualmente ser preso se perdesse o foro de ministro— fez o presidente Jair Bolsonaro usar o Diário Oficial da União para fazer retificações.