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Carla Araújo

Deputado propõe recriar CPMF para pagar extensão do auxílio até fim de 2022

O deputado federal  Paulinho da Força, em evento em São Paulo -  Mathilde Missioneiro/Folhapress
O deputado federal Paulinho da Força, em evento em São Paulo Imagem: Mathilde Missioneiro/Folhapress

Do UOL, em Brasília

18/12/2020 12h15

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Com a iniciativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de colocar na pauta de votação nesta sexta-feira (18) a Medida provisória que trata da extensão do auxílio emergencial, a oposição começa a intensificar as tentativas de ampliar ainda mais o benefício.

Uma emenda assinada pelo líder do Solidariedade, deputado Zé Silva (MG), e pelo deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP) pede que o auxílio seja prorrogado até 31 de dezembro de 2022, no valor de R$ 300.

"Como forma de angariar recursos para seu financiamento, propõe-se também a criação de uma contribuição, nos moldes da "antiga CMPF", que vigorará enquanto perdurar o auxílio", afirmam os deputados na justificativa do pedido.

"Se o valor arrecadado pela CPMF for maior que o necessário para o pagamento do auxílio emergencial, seu saldo será inteiramente destinado à saúde dos brasileiros", dizem os parlamentares.

O Auxílio Emergencial foi criado em abril como a principal medida do governo para enfrentamento da pandemia do coronavírus. No início ficou instituído o pagamento de três parcelas de R$ 600.

Depois, para prorrogar o benefício, o governo enviou em setembro a MP 1.00 que instituiu, até 31 de dezembro de 2020, o auxílio emergencial residual, a ser pago em até quatro parcelas mensais no valor de R$ 300.

O governo resiste em estender o benefício. Na última terça-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro disse que não haveria prorrogação do auxílio e nem a criação de um novo programa de distribuição de renda. Segundo o presidente, a ideia trabalhada pelo governo era "aumentar um pouquinho" o Bolsa Família.