Aras atua para fábrica da Ford na Bahia ser repassada para outra montadora
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O impacto da decisão da Ford em deixar o país chegou no Ministério Público Federal. O procurador-geral da República, Augusto Aras, tem atuado nos bastidores para promover um entendimento entre União, Estados e municípios para que outras montadoras assumam os parques industriais.
Com berço jurídico na Bahia, Aras busca especialmente uma solução para a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia.
Em mensagem enviada a uma rede interna de procuradores, Aras diz que é papel do Ministério Público Federal "velar pela ordem econômica, consumidor e trabalhista". "Estamos tentando salvar o parque industrial da Ford, empregos e tributos", diz o texto obtido pela coluna.
"Com isso, estamos tentando unir União, Estados e Municípios para que outras montadoras assumam os parques industriais, mantendo as atividades com novas marcas. Nada disso é fácil! Mas estamos tentando!", escreveu Aras.
A mensagem, que também é assinada pelo Procurador-Geral do Trabalho Alberto Balazeiro, foi enviada nesta segunda-feira (11) horas após o anúncio feito pela montadora. Nela, Aras e Balazeiro afirmam que vão intensificar "conversas com o governo federal e pretensos investidores".
"Nosso esforço é em prol do parque industrial de Camaçari/BA que pode produzir automóveis", escrevem os magistrados.
Ontem, após o anúncio da Ford, o governo da Bahia entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio.
Posição institucional
Após a publicação da coluna, por meio da assessoria, a PGR informou que o órgão está preocupado "com as relações de mercado que envolvem produção e consumo, uma das atribuições do MPF por meio da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão (3CCR)".
"O PGR pediu à 3CCR que acompanhe a desativação do parque industrial em defesa do mercado interno — que é um patrimônio nacional, como disposto na Constituição — e dos consumidores".
Posição de Bolsonaro
Hoje, o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que a Ford não 'falou a verdade' sobre a decisão de fechar as fábricas no Brasil. Na avaliação do presidente, a empresa queria subsídios para continuar produzindo veículos no país.
Segundo a Ford, a decisão faz parte da reestruturação global e também no mercado sul-americano. Além disso, a montadora alegou que a pandemia de covid-19 "ampliou a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas"
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