Bolsonaro pode oferecer prioridade em vacinação para caminhoneiros
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem perdido parte do apoio dos caminhoneiros, busca meios de recuperar seu eleitorado e também evitar que a categoria consiga se mobilizar para a greve que está sendo convocada para o próximo dia 1º de fevereiro.
Apesar de não ser um entusiasta da vacinação contra covid, o presidente foi aconselhado a verificar a possibilidade de incluir os caminhoneiros de no cronograma de prioridades para a vacinação. No último dia 18, de acordo com o ministério da Infraestrutura, foi publicado um informe técnico para colocar a categoria na lista.
Segundo auxiliares diretos do presidente, agora avaliação está em andamento dentro do Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello. A ideia, no momento, é incluir os caminhoneiros no grupo prioritário logo depois de profissionais de saúde, idosos e indígenas.
Nesta quinta-feira (21), o presidente avisou que vai anunciar, durante a sua live semanal, medidas para a categoria. "Tarifa sobre pneus, pedágios, caminhoneiros, etc...", escreveu o presidente em suas redes sociais.
Na semana passada, o presidente disse que havia conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para zerar a tarifa de importação de pneus. Em reunião nesta quarta-feira (20), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou imposto de importação para pneus de transportes. A alíquota era de 16%. Bolsonaro deve celebrar a medida, que passa a valer a partir de hoje (21).
Monitoramento
O governo continua monitorando a movimentação dos caminhoneiros e ainda acredita que a mobilização convocada para o mês que vem não terá grande adesão. Um dos pontos que o governo apresenta para justificar a suposta tranquilidade com a mobilização é que a categoria é desmobilizada.
As negociações estão sob responsabilidade do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que acumula elogios do presidente. Hoje, em viagem pela Bahia, Bolsonaro disse que Tarcísio é a "figura mais importante" entre os ministros.
Também acompanham as movimentações e negociações com os caminhoneiros Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério da Justiça e Advocacia-Geral da União (AGU).
O governo diz ainda que não vai abrir mão de aplicação de multas para evitar que haja fechamento de rodovias e que as penalidades "serão pesadas".
Já houve apoio a greve
Entre os caminhoneiros que se mobilizam para que o movimento grevista ganhe corpo, há diversas reclamações da atual postura do presidente. Desde a semana passada, em diversos grupos de caminhoneiros circula um vídeo, de 2018, no qual Bolsonaro apoia a greve da categoria.
No vídeo antigo, em que buscava se aproximar e angariar o apoio da categoria, Bolsonaro diz que os caminhoneiros precisam pressionar para que o presidente, que na ocasião era Michel Temer, arrume uma solução para as demandas.
"(Os caminhoneiros) Não têm encontrado eco no Legislativo, sobrou-lhes o Executivo que teima em se omitir. Assim sendo, apenas a paralisação prevista a partir de segunda-feira poderá forçar o presidente da República a dar uma solução para o caso", diz Bolsonaro.
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