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Planalto também ajudou no treinamento da "capitã cloroquina" para a CPI
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Assim como o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, a secretária de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina", também recebeu treinamento do Palácio do Planalto para participar da CPI da Covid.
A coluna apurou que participaram do grupo que subsidiou a secretária com informações e treinamento funcionários da Casa Civil, da Secretaria de Governo (Segov) e também da Secretaria-Geral da Presidência.
O treinamento começou assim que Mayra foi convocada pela CPI, no dia 13 de maio, e foi intensificado nos últimos dias.
Apesar do treinamento, na avaliação do Planalto, a secretária já estava bem preparada e precisou apenas de "alguns ajustes" em sua argumentação.
Planalto acompanha depoimento
Fontes do Planalto ouvidas pela coluna disseram que, até o momento, a secretária está mostrando um bom comportamento na CPI. E, apesar de ser muito interrompida pelos senadores, dizem fontes palacianas, Mayra está se mostrando "segura e convicta de suas opiniões".
A servidora é defensora do uso de medicamentos que não têm eficácia científica comprovada no tratamento da covid-19. Já a OMS recomendou, em julho do ano passado, a interrupção do uso da cloroquina e hidroxicloroquina no combate aos sintomas provocados a partir da contaminação.
A secretária afirmou hoje não ter recebido ordens do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou do seu ex-chefe Pazuello para defender o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada no tratamento do coronavírus.
Durante sua fala na CPI, Mayra Pinheiro declarou ainda que não houve percepção por parte do governo federal de que faltaria oxigênio nos hospitais em Manaus em meio ao colapso na rede pública de saúde, no começo do ano.
Polêmica do TrateCov
Diferente do que havia afirmado Pazuello em seu depoimento, Mayra Pinheiro se contradisse e acabou desmentindo a versão de que a plataforma TrateCov, que indicava uso da cloroquina, havia sido hackeado.
Primeiro, ao ser questionada se a plataforma TrateCov havia sido hackeada, a secretária declarou que sim e citou o nome de um jornalista. Na sequência, no entanto, ela desmentiu a versão alegando que não se poderia chamar de "hackeamento" o que ocorreu, mas de "extração indevida de dados"
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