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Para evitar ampliar crise, governo deve manter Ricardo Barros na liderança
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Apontado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) como o parlamentar que estaria envolvido em supostas irregularidades no caso da vacina indiana Covaxin, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), deve permanecer como o representante do governo de Jair Bolsonaro na Casa.
Interlocutores diretos do presidente minimizaram hoje a citação do nome de Barros e afirmaram à coluna que não há razões, "no momento", para que ele deixe o cargo. Nas palavras de um ministro, "Barros continua com o governo".
Cargo estava sob pressão
Há alguns meses, havia um movimento na Câmara e no centrão pela saída de Barros da liderança. Segundo fontes palacianas, a reclamação chegou ao presidente Bolsonaro por meio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na ocasião, no entanto, Bolsonaro falou que avaliaria a situação de Barros, mas que não via razões para a troca.
Agora, a avaliação que está sendo feita pelo governo é que uma eventual troca do líder —logo após o seu nome ser envolvido em suspeitas de irregularidades— poderia dar um sinal errado de que Bolsonaro admitiria ao menos parte da culpa no episódio.
Justamente por isso, até mesmo o presidente da Câmara foi avisado de que não seria o momento para a troca e, segundo fontes do Congresso, não há intenção de ampliar a pressão para a saída de Barros.
O cargo é uma atribuição do governo, mas o presidente costuma alinhar com os parlamentares a indicação.
Segundo o deputado Luis Miranda, ao relatar a Bolsonaro as suspeitas em torno da vacina indiana, o presidente teria respondido que era algo que estava sendo tratado por Barros. O deputado nega qualquer envolvimento no caso.
Nesta segunda-feira (28), ao falar do caso, Bolsonaro preferiu poupar o auxiliar e disse que não tem como saber tudo o que acontece em todos os ministérios.
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