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Bolsonaro fará "tratamento clínico conservador", por enquanto sem cirurgia
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Os médicos do presidente Jair Bolsonaro divulgaram por volta das 21 horas desta quarta-feira (14) o primeiro boletim médico do presidente após a chegada a São Paulo e, pelo menos no momento, descartam uma nova cirurgia.
"Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", dia a nota assinada pelo médico Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, cirurgião que acompanha o presidente desde a facada, pelo cardiologista de Bolsonaro, Dr. Ricardo Camarinha, e por outros médicos do hospital Vila Nova Star.
O boletim diz ainda que Bolsonaro foi transferido para São Paul, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser "diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal".
Médico foi até Brasília
A decisão de levar o presidente para a capital paulista foi do médico cirurgião Antônio Luiz Macedo, responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente da República, decorrentes do atentado a faca ocorrido em 2018. Macedo foi chamado a Brasília e, após examinar o presidente pessoalmente, decidiu pela transferência. Macedo acompanhou a transferência de Bolsonaro na mesma aeronave.
Assim que o presidente foi transferido, alguns ministros, como o da Saúde, Marcelo Queiroga, foram às redes sociais com mensagens afirmando que Bolsonaro estava bem. "Estive agora há pouco com o nosso PR@jairbolsonaro. Ele passa bem e logo estará de volta para continuar cuidando de todos nós, brasileiros. Força, presidente! Estamos ao seu lado. O Brasil está em oração para que se recupere logo", escreveu o ministro.
Outro que se manifestou foi Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, que disse que Bolsonaro embarcou para São Paulo "bem disposto, bem humorado e deve ficar em observação nos próximos dias aguardando o resultado dos exames para decidir se faz ou não uma cirurgia. Estamos orando pela sua pronta recuperação".
Fontes próximas ao presidente dizem que ainda não há uma definição se Bolsonaro despachará do hospital ou se pedirá algum tipo de licença. Segundo esses auxiliares, ainda será preciso aguardar novos boletins médicos. A agenda do presidente de amanhã já está cancelada.
A confirmação da transferência aconteceu em uma nota divulgada, por volta das 15h40, na qual o Palácio do Planalto informou que, após exames realizados no HFA (Hospital das Forças Armadas), em Brasília, doutor Macedo "constatou uma obstrução intestinal e resolveu levá-lo para São Paulo onde fará exames complementares para definição da necessidade, ou não, de uma cirurgia de emergência".
Após dias de soluço persistente e mal-estar abdominal, o presidente Jair Bolsonaro realizou uma bateria de exames durante a madrugada e manhã desta quarta-feira (14). No início da tarde, o presidente precisou de repouso por conta de sedativos, segundo auxiliares.
Pela manhã, a primeira nota divulgada pelo Planalto afirmava que, por orientação de sua equipe médica, o presidente foi ao HFA "para a realização de exames para investigar a causa dos soluços". "Por orientação médica, o presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital", dizia a nota divulgada por volta das 8h40. Na ocasião, o Planalto havia informado que o presidente estava "animado e passa bem".
Paciente "difícil"
Alguns auxiliares do presidente tentaram passar mensagens de tranquilidade e afirmaram que Bolsonaro estava animado pela manhã, querendo inclusive não cancelar a reunião com os chefes dos outros poderes.
Apesar disso, pessoas do entorno de Bolsonaro afirmam que ele não é um paciente fácil e estaria há tempos adiando a nova cirurgia.
Em abril deste ano, durante conversa com apoiadores, o presidente já havia afirmado que teria que fazer o procedimento em algum momento. "Talvez, neste ano, mais umazinha [cirurgia]. Mas é tranquilo, de hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente. Está saindo o bucho pelo lado. Então, tenho que colocar uma tela do lado também", afirmou na ocasião.
Outras cirurgias
No dia 06 de setembro de 2018 o então candidato à presidência Jair Bolsonaro sofre um ferimento de uma facada ao participar de um ato político. Bolsonaro foi submetido à primeira cirurgia pós atentado.
Uma semana depois, o presidente volta a ser submetido a uma nova cirurgia de emergência após médicos constataram uma obstrução do intestino delgado.
O terceiro procedimento ocorreu após a posse presidencial. No dia 28 de janeiro de 2019, Bolsonaro retira da bolsa de colostomia que foi colocada na primeira cirurgia.
Um ano depois da primeira cirurgia, no dia 08 de setembro, o presidente passa pelo quarto procedimento para corrigir a hérnia, após uma cicatrização inadequada do ferimento causado pela facada.
Em janeiro do ano passado, porém, exames médicos apontam a necessidade de se corrigir procedimentos anteriores.
Em setembro de 2020, o presidente passa por uma cirurgia mais simples e retira um cálculo da bexiga.
A recente crise de soluços do presidente, contudo, pode levar os médicos a fazer uma sétima cirurgia no presidente da República.
*Colaborou Lucas Valença, do UOL em Brasília
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