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Bolsonaro estuda dar liderança do governo no Senado a aliado de Pacheco
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) estuda nomear Alexandre Silveira (PSD-MG) como o novo líder do governo no Senado. Silveira é suplente do senador Antonio Anastasia (PSD-MG) e aliado do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A função está vaga desde a saída do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) em meados de dezembro passado. Ele saiu ao perder a votação interna ao cargo de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) justamente para Anastasia.
Embora Silveira não seja o nome mais óbvio do grande público, ele é reconhecido nos bastidores do Senado pela habilidade na articulação política e por já ter contribuído com governistas em votações de interesse do Planalto e da equipe econômica, relataram senadores, sob reserva.
Fontes ouvidas pela coluna destacaram que o nome de Silveira "está quase 100% certo" e que ele teve um trabalho importante na aprovação da PEC dos precatórios.
Além de ser apontado como um aliado próximo de Pacheco, Silveira tem boa relação com integrantes do governo, especialmente no Ministério da Economia.
Silveira faz parte da Executiva Nacional do PSD, foi deputado federal por dois mandatos e já dirigiu o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Advogado de formação, o político também tem a simpatia de Bolsonaro por sua ligação militar, já que Silveira é delegado de Polícia.
De acordo com auxiliares do presidente, por isso, a possibilidade de Silveira assumir a liderança surgiu de forma natural com a ida de Anastasia ao TCU. Oficialmente, ainda não há data para a posse deste no tribunal.
A expectativa é que um anúncio oficial leve mais alguns dias, já que o Congresso Nacional está em recesso até 1º de fevereiro e Silveira ainda não tomou posse como senador.
O PSD quer?
Apesar da previsão de que Silveira assuma a liderança no Senado por aliados do governo, outros também ponderam que, para aceitar a função, o atual suplente precisará da benção do presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Nem todos estão certos de que Kassab dará o aval, pois uma aproximação do PSD ao Planalto pode interferir nas alianças do partido visando as eleições de outubro. O próprio Rodrigo Pacheco, por exemplo, é cotado como pré-candidato à Presidência da República, em colisão direta com Jair Bolsonaro.
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