IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Carla Araújo

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Bolsonaro avalia com AGU se vai ou não prestar depoimento à PF

Do UOL, em Brasília

28/01/2022 10h53

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O presidente Jair Bolsonaro aguarda uma decisão final da AGU (Advocacia-Geral da União) para decidir se prestará ou não depoimento nesta sexta-feira (28), às 14 horas, na Polícia Federal sobre o processo que apura o vazamento de dados sigilosos da instituição.

Segundo fontes ouvidas pela coluna, o ministro da AGU, Bruno Bianco, está analisando os precedentes que podem ser aplicados ao presidente para tentar minimizar o desgaste do depoimento.

Uma das possibilidades seria entrar com um recurso pedindo para depor apenas após um julgamento do Plenário do STF sobre o processo.

O inquérito contra Bolsonaro foi instaurado em agosto do ano passado por iniciativa do ministro Alexandre de Moraes, logo após o presidente divulgar nas redes sociais informações sigilosas de investigação da PF sobre denúncias de invasão ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na eleição de 2018.

Outra linha que estaria sendo avaliada pela AGU é a de buscar precedentes sobre a possibilidade de direito ao silêncio ou até mesmo a ausência.

'Presidente tranquilo'

Ministros que conversaram com o presidente sobre o depoimento à PF afirmaram que Bolsonaro está tranquilo e que vai acatar a orientação do ministro Bruno Bianco. "A AGU que vai decidir. Ele está em paz e tranquilo", disse uma fonte.

AGU já em ação

A informação de que Moraes havia determinado o prazo até o dia de hoje para que Bolsonaro prestasse depoimento foi objeto de uma manifestação da AGU, que pede que Moraes solicite à PGR (Procuradoria-Geral da República) a abertura de investigação para apurar o vazamento da informação.

Na avaliação da AGU, o "ocorrido repercute em constrangimentos" a Bolsonaro porque "cria expectativa e interesse da imprensa que já lhe aborda com perguntas para maiores detalhes sobre a aludida oitiva e aspectos correlatos do inquérito".