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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Ex-dono do banco Santos questiona venda de R$ 2 bi em dívidas a receber

23.07.2019 - Mansão que pertencia a Edemar Cid Ferreira, no bairro do Morumbi, em São Paulo - Gabriel Cabral/Folhapress
23.07.2019 - Mansão que pertencia a Edemar Cid Ferreira, no bairro do Morumbi, em São Paulo Imagem: Gabriel Cabral/Folhapress

Carla Araújo e Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

13/05/2022 12h04Atualizada em 13/05/2022 12h06

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Advogados do banqueiro Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, questionaram na Justiça a compra de créditos pelo banco BTG Pactual. Trata-se um lote de dívidas de terceiros que a instituição de Edmar teria direito a receber.

Nas contas dos advogados, elas somam R$ 2 bilhões. Como o banco entrou em processo de falência, os bens, incluindo esses créditos foram vendidos.

Para o advogado Carlos Orlandi, porém, há problemas nessa venda. "O atual administrador judicial da massa falida, Vânio Aguiar, teria afirmado que os ativos, orçados em R$ 2 bilhões, não teriam valor e, portanto, foram considerados títulos podres", afirmou ele, em comunicado à imprensa. "A argumentação foi um dos motivos que justificaram o pedido de falência do banco Santos", continuou Orlandi.

Na quinta-feira (12), ele pediu à 2ª Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo a reavaliação da venda das dívidas a receber. Também pediu mais esclarecimentos à administração da massa falida.

Não é a primeira vez que a defesa de Edmar Cid Ferreira questiona os rumos do processo de falência, que se arrasta desde 2005. No início do mês, a coluna noticiou que ele pediu a anulação de acordos de pagamento já realizados. Para o banqueiro, os acordos eram "absurdamente" inferiores aos valores devidos.