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Ibovespa: Juros no Brasil e nota de crédito nos EUA são destaques

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Decisão sobre juros no Brasil deve deixar investidores mais cautelosos. A maioria projeta corte de 0,25 ponto percentual, de 13,75% para 13,50%, mas ainda tem muita gente apostando em queda de 0,50 ponto, principalmente após a Fitch rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos. Na agenda econômica, já tivemos a divulgação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mede a inflação na cidade de São Paulo. Ele registrou queda de 0,14% em julho, após um recuo de 0,03% no mês anterior. Nos 12 meses encerrados em julho, o IPC subiu 3,66%. Dos sete componentes do IPC-Fipe, desaceleraram ou caíram em ritmo mais forte a Habitação (de 0,25% em junho a 0,10% em julho); Alimentação (de -0,80% a -1,10%); Despesas Pessoais (de 0,51% a 0,07%); e Vestuário (de 0,32% a 0,11%). Os investidores ainda acompanham os resultados corporativos do segundo trimestre.

Bolsas caem após Fitch rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos. A nota foi de AAA para AA+. A previsão é de que a situação fiscal da economia americana deve se deteriorar nos próximos três anos. Em reação, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o rebaixamento da Fitch se baseou em "dados desatualizados", ressaltando que a economia americana se recuperou rapidamente após a covid-19. Na agenda econômica, destaque ainda para a pesquisa sobre criação de empregos no setor privado. Já na sexta (4), será publicado o chamado "payroll", relatório de emprego que abrange os setores privado e público.

As Bolsas europeias operam em baixa, também refletindo o rebaixamento da nota dos EUA. Hoje, os investidores ainda acompanham a temporada de balanços corporativos. A semana reserva também a decisão do Banco da Inglaterra (BoE), que provavelmente vai anunciar uma nova alta nos juros amanhã (3).

Com a agenda fraca na Ásia, destaque para a ata do Banco Central japonês. Na penúltima reunião, em 15 e 16 de junho, os integrantes concordaram que não havia necessidade de fazer um ajuste na política de controle da curva de rendimentos (YCC, na sigla em inglês) àquela altura. As Bolsas fecharam em baixa nesta quarta (2), também refletindo o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Fitch. O Hang Seng caiu 2,47% em Hong Kong, enquanto o japonês Nikkei recuou 2,30% em Tóquio. O sul-coreano Kospi cedeu 1,90% em Seul, e o Taiex apresentou baixa de 1,85% em Taiwan. Na China continental, os mercados tiveram perdas mais contidas, com o Xangai Composto recuando 0,89% e o Shenzhen Composto, 0,28%.

Na parte corporativa, Cielo divulga lucro líquido recorrente de R$ 486 milhões no segundo trimestre. A alta é de 26,8% em comparação ao ano anterior. A geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda, ficou 14,3% acima do segundo trimestre de 2022. Além do resultado, a empresa aprovou a distribuição de R$ 196,97 milhões em JCP (Juros sobre Capital Próprio), o equivalente a R$ 0,0730 por ação, com pagamento em 22 de agosto. Ações compradas a partir de 9 de agosto não têm direito aos proventos.

BTG Pactual aprova a distribuição de JCP. O valor líquido é de R$ 0,1137 por ação ordinária ou preferencial e de R$ 0,3412 por unit, com pagamento em 15 de agosto. A data de corte é em 7 de agosto.

Klabin anuncia distribuição de R$ 269 milhões em dividendos. Isso equivalente a R$ 0,2437 por unit, com pagamento em 15 de agosto. Investidores que comprarem ações a partir de 7 de agosto não têm direito de receber.

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Iguatemi registra lucro líquido de R$ 77,3 milhões no segundo trimestre. Ela reverteu o prejuízo do mesmo período de 2022. O Ebitda somou R$ 195,5 milhões, alta de 17,3% em comparação ao ano anterior. O grupo ainda ratificou o programa de recompra aprovado em 2021, com prazo até janeiro de 2025.

Vulcabras registra lucro líquido de R$ 138,9 milhões no segundo trimestre. A alta é de 33,9% frente ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda somou R$ 169,5 milhões, um avanço de 27,1%.

Marcopolo tem lucro líquido de R$ 140,5 milhões no segundo trimestre. Isso representa alta de 424% em relação ao mesmo período de 2022. O Ebitda ficou em R$ 158 milhões, sendo 206,2% maior do que o registrado no ano passado. A receita líquida subiu 18,5%, totalizando R$ 1,364 bilhão.

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Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na terça-feira (1º):

Dólar: +1,269%, a R$ 4,789
Euro: +1,15%, a R$ 5,259
B3 (Ibovespa): -0,57%, aos 121.248,39 pontos

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