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Ibovespa: Prévia da inflação, 'novo' Brics e simpósio de BCs são destaques

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No Brasil, mercado divide atenções entre os cenários local e externo. Na agenda interna, destaque para a prévia da inflação (IPCA-15), que acelerou para 0,28% em agosto. O dado pode fazer investidores ajustarem suas expectativas em relação ao próximo corte nos juros (Selic) pelo Banco Central. Outro índice importante que sai hoje é o de Confiança do Consumidor (ICC), do FGV IBRE. Quanto ao exterior, repercute no mercado a confirmação de que mais seis países — Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia — farão parte do Brics a partir de 2024. Essa decisão deve reduzir a influência do Brasil no bloco e beneficiar a China.

Índices futuros americanos operam em alta, em dia de simpósio de BCs. Investidores esperam pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos), no Simpósio de Jackson Hole, em Wyoming. As falas de Powell podem dar indicações sobre a perspectiva para os juros no país. A próxima reunião do Fed está prevista para 19 e 20 de setembro. Ontem tivemos o ex-presidente Donald Trump sendo fichado na Geórgia, depois de ser acusado formalmente de tentar subverter o resultado da eleição de 2020 para se manter no poder.

Bolsas europeias também sobem após divulgação de mais dados econômicos. O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha ficou estagnado no segundo trimestre, em linha com as projeções. Os dados fracos da principal economia europeia reforçam a visão de que o BCE (Banco Central Europeu) pode adotar uma postura menos dura na política monetária. Já o índice Ifo de sentimento das empresas do país recuou para 85,7, abaixo das estimativas (86,7). Agora, o mercado espera pelo discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, em Jackson Hole.

Mercados asiáticos têm queda, seguindo a tendência da véspera no Ocidente. O índice Nikkei do Japão fechou em queda de 2,05%. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,73%; o Taiex de Taiwan, 1,72%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou de 1,40%. Na China, a Bolsa de Xangai registrou queda de 0,59%, e a de Shenzhen caiu 1,5%. Os investidores acompanharam as notícias sobre possíveis estímulos do governo chinês, que, para tentar resgatar o setor imobiliário, vai estender até o fim de 2025 uma política de reembolso fiscal para compradores de residências. A China também ampliou as políticas de vantagem tributária para o aluguel de moradias públicas. Fontes da Reuters afirmam ainda que as autoridades chinesas planejam reduzir o imposto cobrado sobre negociações de ações no mercado local em até 50%.

Itaú anuncia alienação do Banco Itaú Argentina S.A. para o Banco Macro. O negócio foi fechado por um valor aproximado de R$ 250 milhões. O impacto negativo não-recorrente desta transação é estimado em R$ 1,2 bilhão, que será reconhecido quando a transação for concluída. Já o impacto líquido no capital CET I do Itaú Unibanco deve ser imaterial.

Even vai comprar 8,7 milhões de ações de sua própria emissão. Em fato relevante divulgado ontem, a empresa informou ter aprovado a aquisição de 8.710.000 ações ordinárias de sua própria emissão para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento. Quando todo o processo for concluído, o capital social da Companhia passará a ser representado por 200 milhões de ações ordinárias.

Recém-privatizada, Copel anuncia programa de demissão voluntária. O PDV está limitado ao orçamento de R$ 300 milhões em indenizações, sem considerar o valor da multa do FGTS e o subsídio por 1 ano de plano de saúde e vale-alimentação. Caso as solicitações ultrapassem o limite proposto, a Copel vai avaliar a viabilidade de ampliação dos recursos. Os desligamentos devem acontecer em 12 meses a contar da data de efetivação da privatização da Copel (11 de agosto de 2023).

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Tenda protocola pedido para realização de um follow-on. A oferta deve distribuir inicialmente 15 milhões de ações, com possibilidade de aumento de 25% caso haja excesso de demanda. Considerando o preço da ação no pregão de ontem, a oferta pode movimentar um valor em torno de R$ 220 milhões, e R$ 279 milhões no caso do aumento de 25%. Segundo a companhia, todo o recurso captado será voltado para reforçar sua estrutura de capital.

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Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quinta-feira (24):

Dólar: +0,51%, a R$ 4,88
Euro: -0,02%, a R$ 5,273
B3 (Ibovespa): -0,94%, a 117.025,60 pontos

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