Dólar cai no dia e encerra a semana com queda de 1,08%, cotado a R$ 3,217
Do UOL, em São Paulo
07/10/2016 17h08
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (7) em queda de 0,18%, cotado a R$ 3,217 na venda. Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com desvalorização de 1,08%, mesma variação que acumula no mês. No ano, o dólar tem queda de 18,53%.
Na véspera, a moeda havia subido 0,1%.
O dólar teve um dia de instabilidade e chegou a ser negociado abaixo de R$ 3,20. Mas com o preço mais baixo, investidores aproveitaram para comprar a moeda –com a maior procura, o preço tende a subir--, fazendo com que o dólar oscilasse durante o dia.
A moeda norte-americana tem se mantido entre R$ 3,20 e R$ 3,30, o que o mercado costuma chamar de 'banda' informal.
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Cenário brasileiro
No Brasil, investidores estavam otimistas após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece um limite máximo para os gastos do governo. A medida foi aprovada na véspera pela comissão especial da Câmara. Agora, a discussão segue para o plenário da Câmara.
A proposta que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior é a principal medida do atual governo para tentar equilibrar as contas públicas.
Inflação desacelera
O mercado também ficou otimista com os dados da inflação divulgados de manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em setembro, a alta dos preços no Brasil desacelerou para 0,08%, no menor índice desde a taxa de 0,01% em julho de 2014. É também a menor taxa para setembro desde 1998, quando ficou em -0,22%.
A desaceleração da inflação reforçou as apostas de corte maior dos juros em outubro pelo Banco Central.
Atuação do BC
O Banco Central brasileiro atuou no mercado de câmbio nesta sexta-feira. Como nas últimas sessões, ofertou 5.000 contratos de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares). Todos foram vendidos.
Emprego nos EUA
No cenário externo, o movimento do dólar era de queda, após a divulgação de dados da economia norte-americana.
A criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola somou 156 mil no mês passado, após criação revisada de 167 mil vagas em agosto, divulgou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira (7). Economistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam que seriam criadas 175 mil vagas no mês passado.
Isso gerou expectativas de que o banco central dos EUA pode adiar o aumento dos juros no país. Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
(Com Reuters)