Dólar opera em alta, a R$ 4,517, após EUA cortar juros; Bolsa cai 1,58%
Do UOL, em São Paulo
03/03/2020 12h33Atualizada em 10/03/2020 12h32
Depois de abrir o dia estável, o dólar comercial voltou a subir nesta terça-feira (3). Por volta das 16h30, a moeda norte-americana registrava alta de 0,68%, a R$ 4,517 na venda, enquanto o Ibovespa perdia 1,58%, a 104.941,41 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
BC dos EUA faz corte de juros emergencial
O dólar chegou a cair abruptamente durante o dia após o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), anunciar o primeiro corte de juros emergencial desde a crise financeira de 2008, em uma reunião não programada.
A decisão do Fed de cortar os juros antes de sua próxima reunião, marcada para 17 a 18 de março, reflete a urgência com a qual o órgão sente que precisa agir para evitar a possibilidade de uma recessão global causada pelo novo coronavírus.
Embora o corte de juros tenha animado os mercados, também trouxe uma dose de preocupação porque significa que o Fed está enxergando riscos reais de recessão à frente.
Bancos centrais do mundo todo têm discutido cortes de juros para estimular a economia e lidar com os efeitos econômicos do coronavírus. Líderes do G7, o grupo de países mais ricos do mundo, prometerem o uso de todas as ações apropriadas de política econômica para enfrentar os impactos econômicos do coronavírus.
Cortes na previsão de crescimento global
Nesta semana, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), reduziu sua previsão para o crescimento mundial em 2020, de 2,9% para 2,4%.
A China, locomotiva do crescimento mundial há três décadas, deve crescer 4,9% em 2020, 0,8 ponto a menos que na previsão anterior, previu a OCDE.
O crescimento da zona do euro perderá 0,3 ponto percentual, a 0,8%, enquanto a Itália, principal foco de coronavírus na Europa, perderá 0,4 e terá crescimento zero em 2020.
"A contração da produção na China teve efeitos em todo o mundo, prova da importância crescente da China nas cadeias de abastecimento mundiais e nos mercados de matérias-primas", explicou a entidade.
Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.
Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.
Mais podcasts do UOL no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas