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Bolsa tem alta de 1,01% e dólar volta a fechar abaixo dos R$ 5

Imagem: Lee Jae-Won/Reuters

Do UOL, em São Paulo

09/05/2023 17h23Atualizada em 09/05/2023 17h37

O dólar comercial encerrou em baixa de 0,479%, cotado a R$ 4,988 nesta terça-feira (9).

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em valorização de 1,01%, aos 107.113,66 pontos.

O que está por trás disso:

A moeda norte-americana mostrou instabilidade frente ao real em meio a negociações voláteis hoje, de olho na alta da divisa norte-americana no exterior após dados decepcionantes da China, enquanto investidores aguardavam uma leitura de inflação dos Estados Unidos e digeriam a ata da última reunião de política monetária do Banco Central do Brasil.

"Ontem (o dólar) estressou em função da indicação (de Gabriel Galípolo à diretoria de Política Monetária do Banco Central) e nesta manhã deu uma correçãozinha, mas não é o correto", disse à Reuters Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora, citando um ambiente externo amplamente favorável à divisa norte-americana.

Embora tenha reconhecido movimento de correção técnica hoje, Hideaki Iha, operador da Fair Corretora, disse mais cedo que não faz sentido haver uma recuperação do real, citando um ambiente externo amplamente favorável ao dólar.

As importações da China, por exemplo, contraíram com força em abril, enquanto as exportações aumentaram a um ritmo mais lento. Iha citou ainda amplos temores sobre o impasse em torno do teto da dívida dos Estados Unidos, bem como problemas inflacionários globais e risco crescente de recessão, como fatores que devem sustentar o dólar acima de R$ 5 no futuro.

Cenário interno

No Brasil, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), publicada hoje, mostrou que o BC avalia que a apresentação do arcabouço fiscal pelo governo reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública.

"Vejo uma ata consistente com uma Selic ficando estável por um bom tempo. Esse parece o plano de voo do BC. Certamente nenhum sinal de corte de juros para a próxima reunião do Copom", disse em nota Caio Megale, economista-chefe da XP.

A taxa básica de juros está atualmente em 13,75% ao ano, nível alto que tem sustentado o real ao torná-lo atraente para aplicação em estratégias de "carry trade". Estas consistem na tomada de empréstimo em país de juro baixo e investimento desse dinheiro num mercado mais rentável.

A maior alta da Bolsa foi a Natura. A empresa divulgou seus resultados e os investidores acreditam que ela pode começar a se recuperar. Entenda mais aqui e veja se vale investir.

(Com Reuters)

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